INTERNACIONAL: Bolsas caem e dólar sobe com sentimento negativo
Bolsas europeias e S&P futuro caem, enquanto dólar tem alta moderada ante maioria das moedas emergentes, em meio a uma série de desdobramentos negativos em Hong Kong e receios com um vírus mortal na China. Índice Hang Seng China Enterprises despencou 3,2% após a Moody’s cortar o rating da cidade e com notícias de que um vírus da China se espalha para trabalhadores da saúde; levando uma quarta pessoa à morte, além da continuidade dos protestos no território. Receios aumentam com evidência de transmissão entre pessoas, num momento em que milhões de chineses se preparam para viajar no feriado de Ano Novo Lunar. Em Hong Kong, humor foi agravado também pela defesa de nova lei de segurança feita pelo novo dirigente chinês da cidade. Setor financeiro está entre maiores quedas no Stoxx 600 europeu após UBS não atingir metas-chave em 2019, representando um desafio à gestão de Iqbal Khan. Ativos vistos como portos seguros, como iene, se valorizam. Petróleo cai com ampla oferta global contrabalançando interrupção de produção na Líbia. Minério de ferro fica estável após BHP dizer que está a caminho de aumentar produção; cobre e níquel recuam em Londres.
EMPRESAS: Via Varejo prepara oferta de ações, diz Estado
CYRELA (CYRE3): Cyrela divulgou suas prévias operacionais do quarto trimestre de 2019. A vendas líquidas contratadas no período foram de R$ 2,060 bilhões, queda de 15,5% em relação ao mesmo período de 2018. De janeiro a dezembro, as vendas somaram R$ 6,575 bilhões, avanço de 30,5%. Das vendas totais, 53% foram de lançamentos. Os lançamentos totais entre outubro e dezembro tiveram Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 2,389 bilhão, queda de 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano todo, os lançamentos da Cyrela somaram R$ 6,799 bilhões, crescimento de 34,9%. Foram 27 empreendimentos lançados no trimestre. A velocidade de vendas (VSO) em 12 meses até dezembro ficou em 52,8%, ante 45,1% verificado em 12 meses até o fim do quarto trimestre de 2018. No terceiro trimestre, o VSO estava em 54,8%.
EVEN (EVEN3): Even divulgou suas prévias operacionais do quatro trimestre de 2019, com vendas líquidas de R$ 583 milhões no período, alta de 73,5% em relação ano passado. No ano, as vendas somaram R$ 1,842 bilhão, alta de 63,5% sobre o R$ 1,126 bilhão registrados em 2018. No trimestre, a Even realizou oito lançamentos, que somaram um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 825 milhões, alta de 245% sobre os R$ 239 milhões registrados um ano antes. Os distratos foram de R$ 70 milhões no quarto trimestre, valor 44% menor que o registrado no mesmo período de 2018. Entre outubro e dezembro de 2019, a Even fez entregas de quatro projetos, com VGV de R$ 651,1 milhões e 1.380 unidades.
HERING (HGTX3): Cia Hering informa que encerrou o quarto trimestre de 2019 com receita bruta de R$ 502,9 milhões, montante 5,2% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, a queda foi influenciada pela performance das vendas sell-in dos canais multimarcas e franquias, a despeito do crescimento do canal e-commerce (sell-out). Segundo a empresa, as vendas mesmas lojas apresentaram queda de 4% na rede Hering. Importante destacar que a rede apresentou nos últimos 7 trimestres crescimento desse indicador. Conforme a varejista, o quarto trimestre foi marcado por desempenho positivo das vendas em outubro e novembro, com destaque para o período da Black Friday, no qual a Companhia atingiu recorde histórico de vendas neste evento. A vendas da Cia Hering no e-commerce cresceram 48,2% no quarto trimestre de 2019, atingindo 4,4% do faturamento da empresa (+1,6 ponto porcentual). Segundo a varejista, o desempenho foi impulsionado pelo aumento de fluxo nas plataformas e intensificação dos investimentos em marketing que contribuíram, principalmente, para o desempenho da Black Friday. A empresa destaca ainda que registrou recorde de captação de pedido na web em um único dia.
INTER (BIDI4): Banco Central autorizou a compra, pelo Banco Inter, de 70% do capital da Matriz Participações, controladora da DLM Invista Gestão de Recursos. De acordo com o banco, como resultado da aquisição, serão exploradas e desenvolvidas as sinergias existentes na Plataforma Aberta Inter (PAI), que tem mais de 425 mil clientes ativos. A DLM possui R$ 4,5 bilhões em ativos sob gestão, atuando na gestão de patrimônio, através de fundos e carteiras de clientes de alta renda, e também na gestão de fundos de investimentos e previdência privada. Os valores da transação não foram informados no comunicado. Notícia tem efeito positivo limitado, dado que fato já havia sido informado pela cia. no ano passado.
IPO: Celulose Irani informou que está estudando a possibilidade de realização de uma eventual oferta pública de distribuição primária de ações. Segundo a cia. destaca-se que a efetiva realização da POTENCIAL Oferta, assim como qualquer operação deste tipo, está sujeita, entre outros fatores, à obtenção das aprovações necessárias, incluindo as respectivas aprovações societárias aplicáveis, às condições políticas e macroeconômica favoráveis, ao interesse de investidores, a procedimentos inerentes à realização de ofertas públicas na forma da regulamentação vigente, dentre outros fatores alheios à vontade da companhia.
POSITIVO (POSI3): Positivo Tecnologia fará uma oferta de ações subsequente, follow on, que pode chegar a R$ 521,1 milhões. A distribuição será primária de até 40.000.000 novas ações ordinárias, com esforços restritos de colocação. Conforme a demanda, a quantidade de ações ofertada poderá ser acrescida de um lote adicional de até 14.000.000 novas ações ordinárias (35%) de emissão da companhia. Ao preço de fechamento de ontem, de R$ 9,65, a oferta básica alcançaria R$ 386 milhões. Caso seja exercido o lote adicional o montante sobe para R$ 521,1 milhões. O preço da ação na oferta será definido após o bookbuilding (coleta de intenções), que termina em 30 de janeiro. Notícias como essa, costuma gerar uma pressão vendedora nas ações.
VIA VAREJO (VVAR3): Menos de um ano depois de o controle da Via Varejo mudar de mãos, bancos conversam com a empresa, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, para a realização de uma oferta subsequente de ações (follow on). O objetivo da companhia com os recursos é engordar o caixa em um momento bastante favorável do mercado e ganhar fôlego para investir. Internamente, porém, a percepção é de que a ação da ViaVarejo ainda tem espaço de alta e o ideal seria aguardar a valorização na bolsa antes de lançar uma nova oferta. Diante disso, o cronograma, ao menos até aqui, é de que a ViaVarejo emplaque um follow on no meio do ano, aproveitando a subida dos papéis até lá. Efeito na ação deve ser parcial, já que a informação foi divulgada ontem a tarde. Notícias como essa, costuma gerar uma pressão vendedora nas ações.