Chegou a hora de decidir: fundo imobiliário de tijolo ou fundo imobiliário de papel? Recentemente, uma análise do Banco Safra destacou as tendências e oportunidades em cada um desses segmentos, trazendo à tona as particularidades que podem ajudar investidores a tomarem decisões mais informadas neste cenário econômico desafiador.

Desempenho Divergente dos FIIs de tijolo e de papel

Conforme apontado pelo Safra, a recente deterioração das expectativas econômicas teve impacto negativo no desempenho geral dos Fundos Imobiliários. No entanto, os fundos de papel, que são baseados em ativos financeiros, mostraram resiliência e melhor retorno, especialmente em um ambiente de juros e inflação elevados. Essa diferença de desempenho sugere que os fundos de papel podem oferecer uma proteção melhor contra as oscilações econômicas, atraindo investidores que buscam maiores garantias.

Contexto Econômico e Expectativas Futuras

O Banco Safra projeta uma taxa Selic de 13,75% até o final de 2025, com um IPCA estimado em 5,2%. Em vista disso, os rendimentos dos FIIs de papel, que se beneficiam de juros altos e correção monetária, podem alcançar índices superiores a 16% isentos de imposto de renda para ativos indexados à inflação, e mais de 14,5% para os indexados ao CDI. Esses números, bem superiores às ofertas tradicionais de renda fixa, sinalizam um ótimo momento para a alocação em FIIs de papel, como ressaltado pela equipe de macroeconomia do Safra.

Atração em Comparação com Outras Opções

Os spreads médios observados nos fundos de papel também chamam a atenção, variando de 3,29 p.p. a 8,95 p.p. se comparados a títulos públicos como a NTN-B 2035. Isso representa um prêmio significativo para investidores mais conservadores que buscam oportunidades com risco controlado. Além disso, a cotação dos FIIs de papel está, em média, abaixo dos níveis dos últimos sete anos, sugerindo a possibilidade de um retorno atraente a longo prazo.

Recomendações dos Especialistas

Frente a essa análise, os especialistas do Banco Safra recomendam manter uma posição superior à média do índice Ifix em relação aos fundos de papel. Considerando a carteira recomendada do banco, a exposição ideal seria de 47,5%, enquanto o Ifix sugere um peso de apenas 40%. A ênfase deve estar em fundos de papel com baixo a médio risco de crédito e boa liquidez, consolidando assim um portfólio seguro em tempos de incerteza econômica.

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