Chegou a ser impressionante observar a repentina queda de R$ 62 bilhões no valor de mercado do Nubank, com suas ações despencando 18% em um único dia. Essa derrocada ocorreu após a divulgação de resultados financeiros que, embora tenham superado as expectativas, deixaram claro que o ano de 2025 será desafiador para a fintech. A situação está gerando debates sobre a real intensidade da reação do mercado, com analistas argumentando que a queda foi exagerada, considerando que os números não foram tão ruins quanto aparentam.

Resultados financeiros e impacto no mercado

Na tentativa de se recuperar, as ações do Nubank mostraram um leve aumento de 4,62%, cotadas a US$ 11,32 nesta segunda-feira. Porém, a análise dos dados financeiros é fundamental. O JPMorgan destacou que, apesar da correção nos números, a expectativa de lucro do banco foi reduzida em 4% para 2025, além de 2% para 2026, resultando em projeções de lucro líquido de US$ 2,45 bilhões e US$ 3,4 bilhões, respectivamente. Assim, a expectativa de lucro está 10% abaixo do consenso do mercado. Essa reverberação sugere que o mercado pode estar avaliando a ação de forma muito ríspida.

Desafios e estratégia do Nubank

Apesar do cenário menos favorável, o banqueiro assegura que essa reavaliação não deve, por si só, pressionar as ações do Nubank, que está sendo negociado a 21 vezes seu preço sobre lucro. As incertezas no setor de crédito, especificamente no uso de cartões e na retomada do financiamento do PIX, também criam um contexto desafiador. Entretanto, o diretor de relações com investidores do Nubank, Jorg Friedemann, afirmou que o banco está atento ao cenário macroeconômico e tomou a decisão acertada de reduzir riscos diante da desaceleração da economia.

Oportunidades no setor de crédito

Por outro lado, o Nubank possui um grande potencial de crescimento no mercado de empréstimos, dado que menos de 50% de seus mais de 100 milhões de clientes ainda não possuem cartão de crédito. Isso representa uma oportunidade considerável para expandir sua base de usuários.

O que esperar do Nubank no futuro?

Analistas do JPMorgan oferecem uma visão cautelosa, classificando a ação como neutra e estabelecendo um preço-alvo de US$ 14, o que representa um potencial de alta de 24%. Apesar de acreditarem que o mercado superdimensionou a queda, eles alertam que a fintech precisará atrair também clientes de renda média e alta para sustentar seu crescimento.

Além disso, os desafios relacionados à margem dos clientes e à concentração em perfis mais seguros podem limitar a originação de novos produtos, como o financiamento do PIX. A expansão no México também apresenta *promissoras* oportunidades, mas a incapacidade de manter uma oferta robusta de empréstimos ainda permanece como um entrave.

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