Diretor de política monetária do BC, Nilton David — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), Nilton David, afirmou nesta sexta-feira (21) que “não tem dúvida de que o Banco Central vai ajustar os juros se for necessário”. A declaração foi feita durante uma live do Bradesco BBI.

“É óbvio que a gente está ali com lupa, olhando tudo, atento a todos os sinais e sabendo que os sinais podem ser só ruído. Tem uma junção de tudo. Se necessário for, acho que não tem nenhuma dúvida de que o Banco Central vai ajustar os juros se for necessário”, disse o diretor, como apurou o Valor.

David ainda apontou que a política monetária afeta empresas e famílias de forma diversa, destacando que há empresas mais preparadas e outras nem tanto. “À medida que a gente aperta as condições monetárias via juros, corremos o risco de ampliar ainda mais essas desigualdades”, declarou.

Após ilustrar o cenário, David ressaltou que “não é sem custo” manter a política monetária apertada.

“Subir os juros preemptivamente com base em algo que talvez aconteça não parece a política mais adequada quando já estamos em juros restritivos. Se estivéssemos em juros bastante menores, aí seria outra conversa, porque as desigualdades seriam menores e a capacidade de suportar um ciclo mais duradouro ou prolongado de aperto monetário seria diferente. Mas quando já estamos dentro de um ciclo de condições apertadas, dizer ‘ah, já que o risco que se corre é não ter paciência para esperar a defasagem dos efeitos da política monetária, a inflação não para de dar sinais ruins no curto prazo e ainda há esse risco potencial’… Calma, não é assim. Tem consequências. O que também não significa que eu possa ignorar”, concluiu.

Poupança registra saída de R$26 bilhões em janeiro; segundo BC

Os saques em poupança superaram os depósitos em janeiro, no valor de R$26,226 bilhões. As informações foram divulgadas pelo BC (Banco Central). Em dezembro, a diferença entre entradas e saída teve saldo positivo de R$4.960 bilhões.

O rendimento no último mês de 2024 foi de R$5,950 bilhões e o saldo da caderneta de poupança ficou em R$1,012 trilhão. Na comparação anual, janeiro de 2023 registrou saída de 20,149 bilhões. A saída de grandes volumes em janeiro costuma acontecer todos os anos.

No acumulado de 2024, a poupança registrou um total de R$15,467 bilhões. As informações foram apuradas pelo portal Valor Investe.

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