A Engie Brasil Energia (EGIE3) apresentou um desempenho surpreendente no quarto trimestre de 2024, ao reportar um lucro acima das expectativas do mercado, demonstrando resiliência e crescimento, mesmo em um contexto desafiador. Este resultado chamou a atenção dos investidores, que agora se questionam sobre as perspectivas futuras da empresa e possíveis oportunidades de investimento.

Resultados financeiros sólidos em 2024

Conforme os dados revelados, a Engie alcançou uma receita líquida de R$ 11,2 bilhões, mostrando uma robustez particular em suas operações de geração e transmissão de energia, que contribuíram com R$ 9,4 bilhões, representando 84% do total. O EBITDA ajustado também se destacou, totalizando R$ 7,4 bilhões, um reflexo da eficiência operacional do grupo.

O lucro ajustado foi de R$ 1,06 bilhão, um crescimento de 29,4% em relação ao ano anterior. Apesar do crescimento no trimestre, a análise anual mostra um leve recuo de 1,4%, devido a uma venda não recorrente da TAG, revelando que a empresa ainda enfrenta desafios com a volatilidade de seus ativos.

Oportunidade de compra: avaliação de preço

A cotação da Engie sofreu uma queda entre 20% a 25% desde suas máximas recentes, com um P/L de 7,1, que pode ser considerado atraente, especialmente quando comparado ao seu histórico. Isso sugere que as ações podem estar subavaliadas, e com a projeção de continuidade no crescimento do lucro, surge uma oportunidade para investidores em busca de ações de bom potencial.

Para os próximos anos, a empresa anuncia investimentos de R$ 6 bilhões em um novo parque eólico e R$ 3,3 bilhões em geração solar, o que não apenas reforça seu compromisso com a geração de energia renovável, mas também evidencia sua intenção de diversificar as fontes de receita.

Desafios e potenciais riscos à frente

O aumento da dívida, que alcançou R$ 24,4 bilhões, e uma alavancagem de 2,7 vezes o EBITDA, requer atenção dos investidores. A Engie reduziu seu payout para 55%, refletindo sua necessidade de financiar novos projetos enquanto busca manter uma base financeira sólida. Esse cenário pode impactar os dividendos no curto prazo, mas também manifesta um planejamento estratégico voltado para o crescimento sustentado.

O potencial para que os dividendos aumentem no futuro é promissor, especialmente com uma estabilização da dívida e a concretização dos novos investimentos. Historicamente, a companhia tem distribuído dividendos em maio, agosto e dezembro, e a expectativa é que a recuperação de sua lucratividade também traga maiores retornos para os acionistas.

Em suma, a Engie está posicionada como uma alternativa atrativa para investidores a médio e longo prazo, principalmente aqueles que buscam a combinação de crescimento e dividendos regulares. Agora é o momento de avaliar o cenário e considerar que a diversificação de investimentos é fundamental. No Clube Acionista, oferecemos suporte e recomendações detalhadas em áreas como ações, FIIs e muito mais, para que você encontre as melhores oportunidades de investimento em um só lugar.

Publicidade

Saiba quando as empresas vão divulgar

seus resultados