Chave para investidores atentos às oscilações do mercado de ações, a Vale (VALE3) revelou um resultado negativo de US$ 807 milhões no quarto trimestre de 2024. Entretanto, a expectativa dos analistas para 2025 é positiva, com alguns aventando a possibilidade de dividendos extraordinários. Na manhã de hoje, as ações da companhia registram alta de 2,2%, negociando a R$ 56,93.

Resultados Operacionais Sólidos de Vale (VALE3)

Embora o resultado esteja desfavorável, a empresa mostrou um desempenho operacional robusto. O custo C1 por tonelada (excluindo compras de terceiros) caiu para US$ 18,8/t, refletindo uma diminuição de 9,5% em relação ao ano anterior, o que representa o menor nível desde o primeiro trimestre de 2022, conforme informações da XP Investimentos.

O prejuízo registrado foi atribuído a uma despesa não recorrente com impairment, originada de uma reversão de US$ 1,9 bilhão no valor recuperável do ativo de Thompson no Canadá. Além disso, uma pressão de US$ 1,7 bilhão nos resultados financeiros foi observada devido à flutuação da taxa de câmbio USD/BRL, que impactou swaps de obrigações.

Perspectivas e Recomendações dos Analistas

A Genial Investimentos destaca que ambos os efeitos financeiros mencionados não impactam o fluxo de caixa da Vale, o que, segundo eles, não deverá gerar um movimento vendedor significativo. A corretora mantém a recomendação de compra do papel com um potencial de alta de aproximados 17%, posicionando a Vale como uma mineradora com maior deságio no mercado global, com desvalorização de 35% em comparação com a média histórica de mineradoras australianas.

Outro ponto de destaque é que a dívida líquida expandida da Vale se manteve estável em US$ 16,5 bilhões, beneficiada pela desvalorização do real. Além disso, o fluxo de caixa livre (FCF) somou US$ 600 milhões, o que contribuiu para o crescimento do Ebitda que alcançou US$ 541 milhões, um aumento de 2% em relação ao período anterior.

Expectativas para 2025

Com base em perspectivas animadoras, o Bradesco BBI acredita que a Vale pode anunciar um dividendo extraordinário em 2025. A redução na previsão de investimentos da companhia, agora estimada em US$ 5,9 bilhões, deve gerar maior retenção de caixa e eficiência nos projetos, são sinais de confiança na melhora do desempenho operacional. Segundo a corretora, a condução de um programa de recompra renovado reafirma o foco da administração na remuneração dos acionistas.

A Vale já se prepara para pagar quase US$ 2,0 bilhões em dividendos e juros sobre capital em março de 2025, detalhando US$ 1,5 bilhão em dividendos mínimos e US$ 0,5 bilhão em dividendos extraordinários. Vide o panorama otimista, é crucial para os investidores ficarem atentos às movimentações no setor e na empresa.

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