Os olhos dos investidores estão voltados para o desempenho das varejistas no quarto trimestre de 2024. Após um período desafiador devido à pandemia e a um ambiente econômico turbulento, as empresas conseguiu melhorar seus resultados financeiros e solidificar sua posição de caixa. Agora, um novo desafio surge: o aumento das taxas de juros. A expectativa é saber como as varejistas terminarão o ano e o que esperar para 2025, em um cenário ainda repleto de incertezas.
Abertura da temporada de balanços: Mercado Livre (MELI34)
Dando início a essa temporada, o Mercado Livre (MELI34) apresentará seus resultados na noite de quinta-feira (20). Esse gigante do e-commerce argentino é uma das principais apostas de instituições financeiras, como o Bank of America e o BTG Pactual, que destacam a empresa pela baixa alavancagem e sólida operação.
Expectativas para o Mercado Livre
As estimativas para o quarto trimestre de 2024, segundo dados da Bloomberg, são otimistas: a companhia deve reportar um lucro líquido ajustado de US$ 410,1 milhões e uma receita líquida de US$ 5,9 bilhões. Aumentos de 77% em seu Ebitda são esperados, refletindo um forte crescimento nas vendas, especialmente no Brasil, que representa cerca de 53% da receita da empresa.
A operação do Mercado Livre segue robusta, com crescimento nas vendas de dois dígitos, mesmo diante de um cenário de inflação e juros altos que afeta o consumo no Brasil. Em contrapartida, a Argentina apresenta um ambiente mais favorável, com uma possível queda nas taxas de juros que pode estimular o crédito e o consumo.
Desempenho de Casas Bahia (BHIA3) no 4T24
A Casas Bahia (BHIA3), por outro lado, enfrenta desafios mais significativos. A empresa está em recuperação extrajudicial desde abril de 2024, lidando com uma dívida de R$ 4,1 bilhões. Embora tenha iniciado um processo de reestruturação, o impacto das altas taxas de juros prejudica a demanda por bens duráveis. As estimativas indicam perdas, com um lucro líquido ajustado negativo, chegando a R$ 312,7 milhões.
O caso do Magazine Luiza (MGLU3)
Por último, o Magazine Luiza (MGLU3) surpreendeu no terceiro trimestre de 2024 com um lucro líquido de R$ 102,4 milhões, revertendo um prejuízo significativo do ano anterior. Contudo, analistas preveem uma desaceleração nas vendas, especialmente nas lojas físicas. As projeções de crescimento mantêm-se mais modestas em comparação aos trimestres anteriores, refletindo também um ambiente de alta competitividade e dependência do setor de bens duráveis.
As estimativas para o Magazine Luiza incluem um lucro líquido ajustado em torno de R$ 119,2 milhões, com receitas líquidas na casa dos R$ 11,1 bilhões. A continuidade do crescimento dependerá, em grande parte, da capacidade da empresa de otimizar suas operações e adaptar-se rapidamente ao cenário econômico.
Impacto das Taxas de Juros no Varejo
O aumento das taxas de juros está moldando o futuro das varejistas, afligindo o consumo e resultando em uma alta competitividade no setor. Como mecanismo de proteção, investidores precisam entender as diferenças entre as empresas, destacando aquelas com melhor capacidade de adaptação e um posicionamento sólido.
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Estar bem informado é essencial para navegar com segurança pelas incertezas do mercado. Não perca a chance de se destacar e potencializar seus investimentos!