O dólar fechou com alta de 0,29% nesta segunda-feira (17), atingindo R$ 5,712, após cair mais de 1% na última sexta-feira (14). A valorização da moeda americana ocorreu em um dia de liquidez reduzida no mercado brasileiro, devido ao feriado nos Estados Unidos.
“O movimento vem enquanto observamos uma piora pontual dos indicadores econômicos domésticos, como a aceleração do IGP-10, o aumento das projeções do IPCA e a deterioração da atividade econômica medida pelo IBC-BR”, comenta Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
Uma das explicações segundo Igliori, está a queda do minério de ferro, que tem exercido pressão adicional sobre o dólar, “mas essa tendência é atenuada pelos ingressos de fluxo comercial e pela expectativa de maiores exportações, especialmente da safra de soja”. Além disso, o elevado patamar da Selis, que encarece o carregamento de posições cambiais, “ainda atua como limitador da valorização da moeda norte-americana”, completa o economista.
No mercado futuro, o dólar para março se mantinha próximo de R$ 5,72 apesar do bom desempenho do Ibovespa, que se firma no patamar de 129 mil pontos, e a queda acentuada nos contratos de juros futuros.