A Weg (WEGE3) está diantes de oportunidades promissoras além das fronteiras brasileiras, especialmente com um olhar atento para os Estados Unidos. De acordo com uma recente análise do BTG Pactual, a fabricante de motores elétricos pode se beneficiar de uma crescente demanda por modernização da infraestrutura de manufatura norte-americana, que ficou desatualizada após anos de terceirização.

Nos Estados Unidos, a infraestrutura de energia enfrenta um desafio significativo: cerca de 70% dos transformadores estão operando há mais de 25 anos. Essa decadência não só pressiona o sistema elétrico local, mas também acentua a dependência de importações. Esse cenário foi moldado por anos de falta de investimento, criando um ambiente competitivo no setor.

Oportunidades em Transformadores

Os analistas do BTG estão otimistas; eles apontam que o mercado de transformadores pode agregar 8% de valorização potencial para a Weg até 2030, somando até US$ 2 bilhões em valor presente à companhia. “O setor de transformadores apresenta uma oportunidade clara e acessível para a Weg, mesmo com a concorrência aumentando”, ressaltam os especialistas.

Vários fatores explicam essa demanda crescente: a transição energética e a popularização da inteligência artificial alavancam a necessidade de investimentos em infraestrutura elétrica. Mesmo com o aumento na geração de energia, o crescimento populacional não está sendo acompanhado, e a lacuna entre oferta e demanda deve aumentar.

Um Vantagem Competitiva

A Weg está bem posicionada para capitalizar essa situação. Desde o início dos anos 2000, a companhia investiu em aumentar sua capacidade produtiva de transformadores, uma estratégia considerada “exemplar” pelos analistas. Essa decisão a coloca em vantagem sobre concorrentes que só deram atenção a essa necessidade recentemente.

Além disso, a empresa mantém um ecossistema verticalizado, abrangendo todas as etapas de produção, o que a torna mais eficiente em atender à demanda crescente. Recentemente, a Weg anunciou um investimento adicional de R$ 2,5 bilhões nessa área.

Riscos à Vista

Entretanto, o cenário não é completamente tranquilo. As tarifas de 25% sobre exportação de aço e alumínio, estabelecidas pelo governo de Donald Trump, podem impactar diretamente a Weg. Essas tarifas não apenas afetam o custo dos insumos para a empresa, mas também podem pressionar o mercado local de aço, onde os Estados Unidos são um grande comprador do produto brasileiro.

Neste contexto, o BTG mantém uma recomendação positiva para as ações da Weg, mesmo prevendo que a empresa precisará adotar estratégias de mitigação e aumentar sua capacidade produtiva nos EUA.

Com o potencial de crescimento significativo e a necessidade urgente de renovação na infraestrutura de energia nos Estados Unidos, essa pode ser a hora ideal para o investidor brasileiro considerar a Weg (WEGE3) em sua carteira. Se você quer acompanhar as análises mais detalhadas e as recomendações para melhores investimentos, siga o Clube Acionista, onde você encontrará projeções de instituições financeiras, preços-alvo das ações, relatórios e muito mais para auxiliar sua tomada de decisões.

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