A inflação de janeiro, ou seja, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,16%, com 0,36 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de dezembro (0,52%). No entanto, esse foi o menor IPCA para um mês de janeiro desde a implantação do Plano Real, em 1994. Em dezembro de 2024, a variação havia sido de 0,42%. A alta acumula= em 12 meses é de 4,83%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE.
Conforme o relatório, o grupo Transportes, com alta de 1,30% e 0,27 ponto percentual (p.p.), seguido do grupo Alimentação e bebidas (0,96% e 0,21 p.p.) são os grupos com as maiores variações positivas no IPCA de janeiro. O grupo Habitação, com queda de 3,08% e -0,46 p.p. de impacto contribuiu para conter o índice do mês.
No grupo dos Transportes (1,30%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços das passagens aéreas (10,42%) e do ônibus urbano (3,84%). O resultado do ônibus urbano reflete os seguintes reajustes nas tarifas: Belo Horizonte (8,38%): reajuste de 9,52% a partir de 1º de janeiro; Rio de Janeiro (6,98%): reajuste de 9,30% a partir de 5 de janeiro; Salvador (6,00%): reajuste de 7,69% a partir de 4 de janeiro; São Paulo (5,22%): reajuste de 13,64% a partir de 06 de janeiro, contemplando, também, as gratuidades concedidas nos feriados de Ano Novo (01/01) e do aniversário da cidade (25/01); Recife (3,66%): reajuste de 4,87% a partir de 5 de janeiro; Vitória (2,39%): reajuste de 4,38% a partir de 12 de janeiro; Campo Grande (0,84%): reajuste de 4,21% a partir de 24 de janeiro.
Houve também aumento no táxi (1,83%) em razão de reajustes de 7,83% no Rio de janeiro (6,64%) e de 4,79% em Salvador (4,21%). Em São Paulo, foram registrados aumentos de 3,00% no trem e no metrô, em razão do reajuste de 4,00% nas passagens a partir de 06 de janeiro. A variação de 4,53% na integração transporte público em São Paulo também reflete os reajustes citados e as gratuidades concedidas nos feriados de Ano Novo (01/01) e do aniversário da cidade (25/01).
No grupamento dos combustíveis (0,75%), houve aumentos nos preços do etanol (1,82%), do óleo diesel (0,97%), da gasolina (0,61%) e do gás veicular (0,43%).
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O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 0,96% em janeiro, quinto aumento consecutivo. A alimentação no domicílio subiu 1,07%, influenciada pelas altas da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%), e do café moído (8,56%). Por outro lado, sobressaíram as quedas da batata-inglesa (-9,12%) e do leite longa vida (-1,53%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro. Tanto o lanche (0,94%) quanto a refeição (0,58%) tiveram variações inferiores às do mês anterior (0,96% e 1,42%, respectivamente).
No grupo Habitação (-3,08% e -0,46 p.p.), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto negativo no índice (-0,55 p.p.), ao recuar 14,21% em janeiro. A queda decorre da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro.
Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,97%) foi influenciada pelos reajustes: 6,42% em Belo Horizonte (5,64%) em 1º de janeiro; 6,84% em Campo Grande (5,59%) em 3 de janeiro; 6,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (2,79%) em 1º de janeiro e 9,83% no Rio de Janeiro (0,62%), a partir de 1º de dezembro. Já o subitem gás encanado (0,49%) reflete o aumento de 4,71% nas tarifas no Rio de Janeiro (4,14%), com vigência a partir de 1º de janeiro e a incorporação integral da redução de 1,41% nas tarifas em São Paulo (-1,41%) vigente desde 10 de dezembro.
Quanto aos índices regionais, a maior variação ocorreu em Aracaju (0,59%), influenciada pela alta das passagens aéreas (13,65%). A menor variação foi em Rio Branco (-0,34%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-16,60%).
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(Fonte: IBGE)