O BTG Pactual registrou um forte crescimento nas múltiplas linhas de receita e retornos crescentes.
Desde 2019, o BTG Pactual passou por uma transformação estratégica que o consolidou como um banco completo, desenvolvendo o seu canal de distribuição de varejo e ampliando o seu ecossistema financeiro com um maior portfólio de produtos, regiões e segmentos de atuação. Com o pano de fundo de um financial deepening, o banco vem crescendo em todas as suas frentes de negócios, sustentado por uma reconhecida e forte cultura corporativa e um sistema de partnership bem desenhado, tais feitos são traduzidos em um CAGR de ROL e LL nos últimos 5 anos de 24~25% a.a, considerando os M&As no meio.
Destaques:
ROL R$ 6,73 bilhões (+4% QoQ, +19% YoY). Crescimento impulsionado no tri impulsionado por IB, Asset, Corporate e participations.
Franquias de clientes:
Wealth – ainda apresentou um NNM forte, de R$ 31,9 bi no tri, mas um pouco abaixo da média do ano. ( -15 bi vs 3T24 e + 5 bi vs 4T23).
O total de WuM atingiu R$901 bi no tri (+ 5,1% vs 3T24 e + 26,3% vs 4T23), sendo bem forte.
A receita, por sua vez, foi de R$ 964 milhões, o que se traduziu, pela primeira vez, em uma queda na ótica QoQ (-4,3%), já na comparação anual, ainda observamos alta de +11,8% no YoY.
A diferença entre o crescimento da base de ativos sob gestão e das receitas aparentemente se dá por uma questão sazonal, pela influência do dólar e ROAs menores via produtos de renda fixa.
Asset Management:
Captação líquida de R$ 17,8 bilhões ( -12,8 bi vs 3T24 e +3,3 vs 4T24). Assim como em Wealth, ainda é um volume robusto, mas inferior à média do ano. AuM atingiu de R$ 992 bi, alta de + 2,3% vs 3T24 e + 15,9% vs 4T24.
A Receita, por sua vez, foi de R$ 661 mm (+9% QoQ, +29,9% YoY). Este crescimento acima do nível observado nos ativos sob gestão ocorre pelo reconhecimento das taxas de performance no 4T24.
Investment Banking (IB):
Receita de R$ 509,9 milhões (+34,2% QoQ, +9,9% YoY), sendo um excelente patamar de resultados. O grande destaque nessa unidade foi o volume de transações de DCM.
Essa é uma das receitas com maior incerteza para 2025, dado que é esperado um desaquecimento relevante do mercado de capitais – nas palavras de alguns dos incumbentes, de 30 a 40% vs 2024.
Sales & Trading (S&T):
Receita de R$ 1,55 bilhão (-7,3% QoQ, +10,2% YoY). É esperado que o desempenho dessa vertical melhore ao longo de 2025, impulsionado pelo crescimento das franquias de clientes e maior e melhor tomada de risco. O VaR foi o menor histórico, atingindo somente 0,13% do PL no tri.
Crédito (Corporate e SME):
Carteira total atingiu R$ 221,6 bilhões (+5,4% QoQ, +29,2% YoY). Este nível de crescimento é surpreendente, sobretudo se colocado em perspectiva dos spreads alcançados. O BTG conseguiu crescer carteira em um ano marcado por spreads apertados, tal feito foi alcançado via outros países da América Latina, o que levou com que a carteira Latam representasse ~20% do todo.
Receita de R$ 1,83 bilhão (+6,9% QoQ, +35,3% YoY), próximo a evolução da carteira.
O BTG quer manter o mesmo ritmo de crescimento e níveis de spreads para 2025. É provável que este resultado seja conquistado com um maior mix de SMEs e novas geografias na carteira.
Eficiência Operacional:
Índice de eficiência: 38,5% (+2,1 p.p. QoQ, -0,3 p.p. YoY). Apesar da piora do indicador, entendemos que os fatores que provocaram tal desempenho são temporários, marcados por alguns one-offs e M&As. É esperado que o banco continue gerando alavancagem operacional a medida que cresce.
Lucro Líquido e Rentabilidade:
Expansão de LL de +15% vs 4T23 e 2% vs 3T24. O 3T24 em específico é uma base de comparação bastante elevada.
A Companhia apresentou novamente mais um ROAE ajustado muito forte, de 23,0% (-0,5 p.p. QoQ, +0,3 p.p. YoY). Apesar do nível de resultados já elevado e de um cenário desafiador para 2025, a companhia está confiante em mais um ano de expansão de ROAE. Tal expectativa é pautada na recuperação das receitas de S&T, no crescimento da franquia de clientes e alavancagem operacional.
Basiléia:
Índice total de 15,7% (-0,7 p.p. QoQ, -1,8 p.p. YoY). O core capital do banco (CET1) atingiu 11,8% (- 0,5p.p QoQ, -0,8p.p YoY), o que ainda é confortável. O management acredita que ainda consegue continuar distribuindo JCP nos níveis atuais, ao mesmo passo que financia seu crescimento com sua geração de resultados. O impacto da Res. 4966 será diminuto para o BTG, consumindo somente 6bps de basiléia no 1T25.
Preço
P/L: ~10x LTM, com perspectivas de lucro crescentes, em velocidade similar aos últimos anos. P/BV: 2,14x.
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O post BTG (BPAC11): Resultados do 4T24 com forte crescimento nas múltiplas linhas de receita apareceu primeiro em SmallCaps.com.br.