Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre aço e alumínio importados. Esse movimento está gerando repercussões intensas no mercado financeiro, especialmente entre empresas brasileiras que dependem das exportações para o mercado norte-americano. Especialistas da área, consultados pelo E-Investidor, afirmam que algumas companhias da Bolsa poderão ter seus desempenhos drasticamente afetados, enquanto uma fabricante de aço parece estar em uma posição vantajosa.
Impactos do Tarifaço no Mercado Brasileiro
De acordo com analistas da Suno, ainda é prematuro fazer uma avaliação definitiva sobre o impacto dessas tarifas, pois a incerteza permanece sobre a sua implementação real. O presidente pode estar apenas realizando uma manobra para pressionar outros países envolvendo o comércio internacional.
As tarifas anunciadas têm o potencial de impactar negativamente as ações do setor siderúrgico no Brasil. A previsão é que o mercado global do aço reaja a esse aumento na oferta, fazendo os preços caírem a curto prazo, até que a dinâmica do mercado se ajuste, conforme relatou Acilio Marinello, sócio-diretor da Essentia Consulting.
O Papel das Exportações e da Produção de Aço
Para contextualizar, o Instituto Aço Brasil identificou que, em 2024, aproximadamente 60% das exportações de produtos siderúrgicos do Brasil foram para os EUA. Com a imposição das novas tarifas, as empresas brasileiras enfrentam desafios significativos para redirecionar as suas exportações e manter suas margens de lucro.
As companhias Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) são apontadas como as mais vulneráveis a essas mudanças, dadas suas concentrações no mercado interno e a dependência das exportações para os EUA. Bruno de Souza, CEO da consultoria SouzaMA, explica que o aumento das tarifas pode reduzir a competitividade e as receitas dessas empresas, impactando diretamente os acionistas.
Quem Pode Se Beneficiar?
No entanto, há um raio de esperança para investidores: a Gerdau (GGBR4), que produz aço em território americano. Segundo analistas do BTG Pactual, a Gerdau deve ser a única entre as grandes fabricantes a escapar das tarifas, o que deve impulsionar seu desempenho a médio prazo. A expectativa é de um aumento dos preços do aço nos EUA, beneficiando a produção local da Gerdau.
Projeções e Recomendações dos Analistas
Os analistas do Safra definiram um preço-alvo de R$ 23,50 para a Gerdau ao final de 2025, representando um potencial de alta de 28,93% em comparação com o fechamento da última sexta-feira. Em contraste, a recomendação para Usiminas é neutra, com um preço-alvo de R$ 6,80, o que indica um crescimento menor de 21,42%.
Além disso, a Ágora Investimentos e a Levante também posicionam a Gerdau como uma ação favorita no setor, prevendo uma alta de 13,8% e destacando a importância de manter essa ação em carteira, enquanto os investidores devem ser cautelosos em relação às ações da CSN e Usiminas.
Conclusão
Com o cenário ainda incerto em relação às tarifas de Trump, o consenso entre os profissionais é que a Gerdau oferece uma oportunidade de segurança em meio aos desafios que se apresentam para outras empresas do setor. Contudo, é essencial que os investidores mantenham a prudência e não realizem alterações drásticas em suas carteiras até que a situação se estabilize.
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