No cenário atual de transformação, o Bradesco (BBDC4) tem demonstrado sinais notáveis de recuperação financeira. Em 2024, o segundo maior banco privado do Brasil reportou um lucro líquido de R$ 19,6 bilhões, marcando um aumento de 20% em comparação ao ano anterior, que foi desafiador para a instituição, com a troca de CEO e um cenário de inadimplência crescente.

Marcelo Noronha, atual CEO do Bradesco, enfatizou o foco na evolução institucional. “Em 2025, aceleraremos em todas as frentes. Nosso escritório de transformação está a pleno vapor”, declarou, sinalizando um compromisso com a recuperação e inovação contínua.

No quarto trimestre de 2024, o banco alcançou um lucro recorrente de R$ 5,402 bilhões, representando um impressionante crescimento de 87,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esse resultado superou levemente as expectativas do mercado, que projetava um lucro em torno de R$ 5,315 bilhões, conforme dados da Bloomberg.

Desempenho financeiro e resultados trimestrais

Além disso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do Bradesco melhorou, alcançando 12,7% no final de 2024. Este indicador, embora positivo, ainda está aquém dos principais concorrentes, como Itaú e Santander, que reportaram ROE de 22,1% e 17,6%, respectivamente.

A análise do desempenho financeiro revela que a margem financeira totalizou R$ 16,995 bilhões no último trimestre, com um crescimento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Contudo, em uma visão anual, houve uma queda de 2,3%, indicando um desempenho abaixo das expectativas internas, que previam um crescimento de 3% a 7% nesta linha.

Apesar dos desafios, o Bradesco conseguiu reduzir suas provisões para calotes, totalizando R$ 29,7 bilhões, que ficou abaixo da meta estabelecida de R$ 35 bilhões a R$ 39 bilhões. No quarto trimestre, as provisões diminuíram em 29,1% em comparação ao mesmo período de 2023.

Perspectivas e desafios para 2025

Com a divulgação dos resultados, o Bradesco também apresentou suas projeções para 2025, que sinalizam um crescimento ponderado na carteira de crédito entre 4% e 8%. Contudo, o cenário atual de alta na taxa Selic pode representar um desafio, podendo impactar mais diretamente sua margem financeira.

  • Carteira de Crédito Expandida: alta prevista de 4% a 8%
  • Margem Financeira Líquida: estimativa entre R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões
  • Receitas de Prestação de Serviços: expectativa de crescimento de 4% a 8%
  • Despesas Operacionais: aumento entre 5% e 9%
  • Resultado das Operações de Seguros, Previdência e Capitalização: crescimento previsto entre 6% e 10%

Em sintonia com a atual conjuntura, a estratégia do Bradesco parece centrada em manter a sustentabilidade do negócio enquanto busca controlar custos. Para investidores que acompanham o banco, o monitoramento constante das operações e resultados será crucial para avaliar a viabilidade de investimentos futuros.

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