As ações da Azul (AZUL4) enfrentaram uma significativa pressão vendedora na última terça-feira (4), com a cotação caindo mais de 8% durante a sessão. Isso ocorreu após o anúncio de um aumento de capital de até R$ 6,1 bilhões, que contempla a emissão de até 191 milhões de novas ações preferenciais, o que gerou preocupações a respeito da diluição dos acionistas. De acordo com os analistas, essa situação poderá levar a uma redução de até 13,13% na participação dos atuais investidores caso optem por não exercer o “direito de preferência” na nova oferta, conforme informações da própria empresa.
AGE na Azul (AZUL4)
A companhia também convocou os investidores para uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) marcada para o dia 25 deste mês, com um dos pontos principais sendo a conversão automática das ações preferenciais em ordinárias. Essa mudança visa priorizar a distribuição de dividendos aos acionistas preferenciais, mas traz implicações relevantes, como uma “diluição significativa” nos direitos de voto dos atuais detentores de ações ordinárias, conforme destacado pela Azul.
Essas movimentações, que buscam atender compromissos assumidos pela empresa frente a um grupo de detentores de dívidas, também contemplam um cenário de possíveis combinações de negócios, incluindo a tão falada fusão com a Gol (GOLL4). Os investidores estão atentos, uma vez que qualquer desdobramento pode impactar diretamente as rédeas da companhia em um contexto onde a fusão é vista como uma maneira de fortalecer suas operações em um mercado cada vez mais competitivo.
De olho em Santander (SANB11)
Por outro lado, as ações do Santander (SANB11) apresentaram um desempenho robusto na quarta-feira (5), disparando 6,59% após o anúncio de um lucro líquido de R$ 3,85 bilhões no quarto trimestre de 2024, um aumento considerável de 74,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Analistas do mercado financeiro consideram que os resultados superaram as expectativas e sinalizam uma trajetória positiva para o futuro.
Esse crescimento no lucro foi impulsionado por um aumento na receita gerada tanto por concessão de crédito quanto pela prestação de serviços. A margem financeira bruta do banco alcançou R$ 15,978 bilhões, refletindo um crescimento de 16% na comparação anual, o que indica um desempenho sólido mesmo em um contexto macroeconômico desafiador.
A carteira de crédito do Santander também cresceu 6,2% ao longo do ano, chegando a R$ 682,693 bilhões, embora os analistas do mercado notem uma desaceleração se fatores cambiais não fossem considerados, com uma alta de apenas 3,8%. Apesar de um cenário mais complicado para 2025, as expectativas permanecem moderadas, com a Administração do banco ressaltando que o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) deve levar mais tempo para atingir a meta de 20%.
Em meio a tudo isso, a expectativa para os dividendos do Santander para 2025 permanece otimista, com estimativas variando entre 6,5% e 9,2% de dividend yield, conforme as análises de várias instituições, incluindo BB Investimentos e XP. As recomendações para compra se mantêm, com preços-alvo apontando um potencial de valorização significativo sobre os valores atuais.
As movimentações e as performances recentes dessas empresas sinalizam momentos decisivos para investidores que buscam maximizar seus retornos no mercado de ações. Para aqueles que desejam acompanhar as melhores opções de investimento e entender como os diferentes ativos respondem a essas oscilações, é fundamental considerar as análises e recomendações disponíveis no Clube Acionista. Explore a diversificação de oportunidades com carteiras recomendadas e relatórios detalhados que abarcam uma variedade de ativos, desde ações a fundos imobiliários e ETFs.