Os resultados financeiros da Prio (PRIO3) no começo de 2025 têm gerado debates acalorados entre analistas do mercado, especialmente após a empresa revelar uma produção total de 114.454 barris de óleo equivalente por dia (boepd) em janeiro, um avanço de 7,7% em relação aos 106.270 boepd registrados em dezembro de 2024. Essa recuperação na produção é vista por alguns como uma boa notícia, mas a falta de licenças ambientais ainda gera incertezas para os investidores.

Fatores que Explicam o Crescimento da Produção

Segundo a análise da XP Investimentos, o crescimento registrado pela Prio foi impulsionado pela recuperação da produção da plataforma de Albacora Leste (ABL), que sofrera com interrupções no mês anterior devido à troca de turbinas e manutenção. Além disso, o campo Peregrino contribuiu significativamente, apresentando sua primeira produção completa durante o mês.

Os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm destacam que o resultado de janeiro superou as expectativas do mercado, que previa uma média de 112 mil barris por dia para o primeiro trimestre de 2025. Entretanto, a previsão de crescimento modesto a partir desse ponto levanta questões sobre a capacidade da empresa de manter esse ritmo em meio a desafios operacionais.

Desafios Ambientais que Impactam a Prio

Por outro lado, a Genial Investimentos fez críticas à empresa, indicando que, apesar do aumento na produção, a falta de licenciamento ambiental para os campos de Wahoo e Polvo limita o potencial de crescimento da Prio. O analista Vitor Sousa ressaltou que essa situação continua a ser um fator crucial que influencia a tese de investimento da companhia. Para a Genial, a consolidação do campo de Peregrino é um passo positivo, no entanto, a dependência dos licenciamento ainda é um ponto de incerteza.

Recomendações de Investimento e Preço-Alvo

Apesar das incertezas, as casas de análise têm mantido recomendações otimistas para os papéis da Prio. A Genial Investimentos coloca um preço-alvo de R$ 70 para o fim de 2024, que representa uma valorização de 69,78% em relação ao fechamento de R$ 41,23 no último pregão. Em contraste, a XP Investimentos posicionou seu preço-alvo em R$ 66, sugerindo uma alta percentual em torno de 60,08% sobre o mesmo ponto de comparação.

Esses dados evidenciam que, embora haja um movimento otimista considerando os resultados da produção, os investidores devem estar cientes dos riscos associados ao licenciamento ambiental que ainda pairam sobre a empresa. Portanto, a vigilância sobre as próximas atualizações será crucial para moldar o futuro desempenho das ações no mercado.

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