No último mês, o Ibovespa experimentou uma análise otimista, começando o ano com uma alta de 4,86%, encerrando janeiro em 126,1 mil pontos, o que representa a primeira valorização mensal desde agosto de 2024. A recuperação se deu após um período complicado em 2024, onde o índice acumulou perdas de 10,36%. Essa reversão positiva foi impulsionada pela estabilidade política e pela ausência de notícias que comprometiam o cenário fiscal, conforme reportado por analistas da Ágora Investimentos.

A calmaria no ambiente político, devido ao recesso parlamentar, promoveu uma melhoria do sentimento do mercado. Além disso, o dólar também apresentou desvalorização de 5,56%, abandonando o patamar de R$ 6. O otimismo se consolidou por conta das primeiras atitudes do novo governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, que, ao contrario do que se esperava, apresentou uma postura mais conciliadora em relação ao comércio, o que contribuiu para a redução das preocupações globais com tarifas (Ágora Investimentos).

Expectativas para Fevereiro

Com essa recuperação do Ibovespa, os investidores estão atentos ao próximo mês e às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil, que decidiu elevar a taxa Selic para 13,25%. Essa medida provoca incertezas, considerando que a expectativa é de um novo aumento para 14,25% em março, o que mantêm os juros brasileiros em patamares elevados.

Na avaliação da Ágora Investimentos, mesmo com a melhora nos índices, é prematuro considerar essa recuperação como uma tendência estrutural. O cenário permanece desafiador, com a perspectiva de juros futuros acima da média histórica e uma inflação ainda descontrolada. O foco da corretora está em ações de empresas que apresentem previsibilidade de resultados e estabilidade em suas operações.

Ações em Alta

As carteiras recomendadas para fevereiro destacam dois papéis que ganharam espaço nas recomendações: JBS (JBSS3) e Itaú (ITUB4). O Itaú deve divulgar seus resultados do quarto trimestre de 2024 em breve, e a previsão é de lucro líquido de R$ 10,8 bilhões. Analistas estão atentos à divulgação de dividendos extraordinários, pois isso pode impactar positivamente a percepção do mercado sobre a empresa.

Por sua vez, a JBS teve suas expectativas elevadas após estimativas robustas do Goldman Sachs, que projetou um EBITDA de R$ 10,1 bilhões para o 4T24, um aumento de 9% em relação à previsão anterior. Esse desempenho sugere uma recuperação sólida e um potencial de valorização das ações.

Enquanto as expectativas de crescimento para o Brasil permanecem moderadas, com uma previsão de PIB de 2% para 2025, é crucial que os investidores monitorarem as notícias políticas e econômicas que possam influenciar o mercado de ações. O contexto internacional, principalmente as reações ao cenário americano, continua sendo um fator determinante para a trajetória do mercado brasileiro.

Investidores que desejam se aprofundar nestas atualizações e receber dicas sobre as melhores ações e suas análises, podem explorar as opções disponíveis no Clube Acionista, onde são apresentadas carteiras recomendadas e relatórios financeiros abrangentes que cobrem uma variedade de setores e ativos.

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