O recente comportamento do dólar mostrou uma queda significativa ao longo de janeiro, encerrando o mês com uma depreciação de 5,56% em relação ao real, com a moeda americana cotada a R$ 5,8366. Este é um desfecho notável, considerando que a moeda havia acumulado uma alta superior a 27% no início de 2024, atingindo seu pico histórico de R$ 6,2707. Essa reviravolta não é casual; eventos internos e externos influenciaram o que os analistas chamam de uma correção saudável conforme mensionado no Estadão.
Internamente, a baixa volatilidade nos mercados, acompanhada de um período de recesso parlamentar, resultou em um ambiente mais favorável. No cenário externo, a postura mais amena do governo de Donald Trump em sua agenda econômica foi interpretada como positiva, contribuindo para o desempenho otimista do real.
Cenário fiscal brasileiro
Entretanto, a dúvida central que paira no mercado é se essa tendência de baixa do dólar continuará em fevereiro. Conforme apontam alguns economistas, a resposta está intimamente ligada às possíveis mudanças no cenário fiscal brasileiro. Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, ressalta que o “real pode voltar a sofrer”, advertindo que há várias incertezas relativas às contas públicas que podem reverter os ganhos recentes da moeda brasileira.
O cenário fiscal não só impactou o valor do real anteriormente, quando o dólar superou os R$ 6, como também deixou marcas na confiança dos investidores. Propostas polêmicas, como a isenção do Imposto de Renda para rendimentos mais baixos, levantaram dúvidas sobre o comprometimento do governo com a responsabilidade fiscal.
Com o cenário incerto que se desenha para fevereiro, Matheus Massote, da One Investimentos, avisa que a volatilidade existente exige que a decisão de investir em dólar esteja baseada em estratégias de diversificação, ao invés de tentativas de prever movimentos de preço, conforme mensionado no Estadão. Ele sugere que investimentos periódicos, independentemente das flutuações do mercado, podem ser um método eficaz para mitigar riscos em relação às variáveis cambiais.
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De olho no movimento do dólar
Outros fatores a considerar incluem a interpretação de indicadores econômicos, como o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA, que pode influenciar as políticas futuras do Federal Reserve. Além disso, a atenção também deve ser voltada ao desempenho das commodities, em especial o petróleo e o minério de ferro, que são cruciais para a balança comercial brasileira.
Em suma, a dinâmica do dólar deve ser observado de perto. O ambiente de mercado pode oferecer oportunidades, mas com riscos intrínsecos que exigem cautela e planejamento estratégico. Para mais insights e recomendações sobre como navegar neste cenário econômico dinâmico, explore as análises e carteiras recomendadas disponíveis no Clube Acionista – seu espaço para decisões mais informadas em investimentos.