Os analistas do Santander analisaram as ações da Azul (AZUL4) e emitiram uma recomendação neutra, estabelecendo um preço-alvo de R$ 6 para o final de 2025. Essa projeção representa uma valorização de aproximadamente 33% em relação ao fechamento da última sexta-feira, 24 de janeiro, quando as ações foram negociadas a R$ 4,51.
No entanto, os especialistas notam que apesar do potencial de valorização, a fusão entre a Azul e a Gol traz incertezas. Eles colocando que a fusão pode ser benéfica, porém será um processo complexo e demorado, o que impede uma recomendação mais otimista. Segundo o relatório, “acreditamos que a transação melhorará materialmente o cenário competitivo da indústria aérea brasileira, mas achamos que será um caminho longo até que as sinergias que ela poderia entregar sejam alcançadas”
Desafios da Fusão e Cenário Macro
Além do desafio inerente à integração das frotas, que envolve diferentes tipos de aeronaves, os analistas mencionam que a fusão poderia criar um cenário de competição difícil para a Azul, especialmente em um contexto econômico robusto, onde os preços do petróleo estão subindo. “Ainda vemos um ambiente macroeconômico adverso para as companhias aéreas brasileiras, caracterizado pela volatilidade dos preços do câmbio e do combustível”, afirmam os analistas.
Adicionalmente, as pressões externas como a deterioração da atividade econômica no Brasil e possíveis turbulências em mercados internacionais também justificam a sua prudência quanto à compra das ações da Azul no momento. As incertezas geradas por um ambiente econômico em recuperação e a cautela com a nova administração dos Estados Unidos criam uma atmosfera de insegurança que pode afetar diretamente a performance das ações de companhias aéreas.
Portanto, apesar de uma perspectiva de crescimento no longo prazo, em especial com a eventual fusão entre Azul e Gol, o Santander sugere que, no curto e médio prazos, os investidores devem permanecer cautelosos e, por enquanto, evitar a compra dos papéis da Azul (AZUL4), dada a combinação de riscos e incertezas que cercam o setor.
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