O cenário econômico brasileiro enfrenta um momento de incerteza, especialmente em relação aos preços dos alimentos e a política fiscal do governo. Na última quinta-feira, 23 de janeiro de 2025, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou qualquer possibilidade de que o governo utilize espaço fiscal para implementar medidas que visem reduzir o custo dos alimentos, o que gerou um alívio temporário no mercado de ações. Em sua fala, Haddad enfatizou que “nenhum plano está em andamento” para essa finalidade e que a queda do dólar poderia ser temporariamente interrompida por rumores não fundamentados sobre intervenções fiscais (InfoMoney).
As preocupações com a inflação, que fechou 2024 em 4,83%, acima da meta estabelecida de 4,5%, reforçam a necessidade de ações concretas para controlar os preços, especialmente dos alimentos, que foram um dos principais responsáveis por essa alta (g1.globo.com). O governo Lula planeja discutir medidas com seus ministros, buscando maneiras de aumentar a produtividade e diminuir a intermediação financeira, especialmente nas compras realizadas com cartão alimentação. A próxima reunião está agendada para o dia 24 de janeiro, e deverá incluir propostas como a redução da concentração no sistema de abates de carne e melhorar a distribuição de alimentos (istoedinheiro.com.br).
Os investidores estão vigilantes em relação a essas discussões, uma vez que qualquer mudança nesta política pode impactar diretamente o mercado de ações. Enquanto o dólar teve uma leve queda, fechando a R$ 5,9255, a expectativa é que essa postura do governo possa influenciar as taxas de juros futuros, que já exibiam um aumento significativo nas últimas sessões com a percepção de risco fiscal mais elevado (istoedinheiro.com.br).
Conforme o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, as incertezas permanecem em relação a como o governo gerenciará o equilíbrio entre trazer alimentos a preços mais acessíveis e manter a saúde fiscal do país. Ele sinaliza que o mercado pode refletir uma aversão ao risco, especialmente se o governo optar por intervenções descontroladas (istoedinheiro.com.br).
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