A Cosan (CSAN3) está em negociações para vender sua participação na Vale (VALE3), uma transação que pode atingir até R$ 10 bilhões, conforme destacado pelo Valor Econômico. Esse movimento é parte da estratégia da companhia para melhorar sua estrutura financeira e reduzir a alavancagem.
Atualmente, a Cosan detém cerca de 4,15% das ações da Vale, tornando-se uma das suas acionistas significativas. O mercado já especulava sobre a venda desde o ano passado, com Rubens Ometto, presidente do conselho da Cosan, afirmando anteriormente que a empresa estaria satisfeita com seu investimento e não visualizava a necessidade de venda. Entretanto, as pressões financeiras podem forçar uma mudança de estratégia.
Expectativas em relação à operação
Analistas do Bradesco BBI acreditam que a venda representaria uma “bala de prata” na sua busca por desalavancagem, o que poderia reduzir significativamente as despesas com juros atreladas ao CDI. Segundo o banco, a liquidação da participação na Vale poderia desbloquear um ganho de 15% para a Cosan, dependendo do preço da ação no momento da venda. Essa transação poderia simplificar o foco da empresa e abrir novas possibilidades estratégicas no futuro.
Impacto no mercado de ações
Os papéis da Cosan apresentaram uma performance positiva nesta quinta-feira (16). Às 10h33, as ações subiam 4,08%, cotadas a R$ 8,93, refletindo a expectativa do mercado em relação à potencial eficiência operacional e à reversão de sua situação de endividamento.
Por outro lado, a Vale também poderá sentir os efeitos dessa movimentação. Com a venda, a pressão sobre as ações da mineradora pode diminuir, permitindo que a empresa se concentre em resolver suas questões internas, como acordos relacionados a acidentes passados e renovação de concessões.
A concretização da venda ainda depende de uma série de aprovações regulamentares e da negociação de termos econômicos favoráveis para ambas as partes. O mercado aguarda ansiosamente por novos desdobramentos dessa negociação estratégica, que promete impactar significativamente os dois lados.
Fonte: Valor Econômico.