Membros da equipe econômica do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), o republicano Donald Trump, consideram uma estratégia de tarifas gradualizadas, com aumentos mensais de 2,0% a 5,0%, como forma de ampliar o poder de negociação nos acordos comerciais internacionais, sem causar impactos inflacionários abruptos, de acordo com informações divulgadas pela agência Bloomberg.
De acordo com fontes próximas ao processo de formulação da política econômica do futuro governo dos Estados Unidos, a proposta ainda encontra-se em fase inicial e não foi formalmente apresentada ao presidente eleito.
O plano, que traz como base as prerrogativas da Lei de Poderes Econômicos Internacionais de Emergência, visa fortalecer a posição dos Estados Unidos nas negociações comerciais com outros países, e oferecer uma margem de manobra maior nas discussões internacionais.
Ao mesmo tempo, a estratégia busca mitigar os riscos de uma aceleração inflacionária que poderia surgir de uma implementação abrupta das tarifas, e, com isso, garantir uma transição mais controlada para as novas políticas comerciais.
A proposta reflete o esforço da equipe econômica de Trump para estabelecer uma política comercial mais assertiva, sem prejudicar a estabilidade econômica interna.
Ao aplicar aumentos graduais, o governo poderia, teoricamente, aumentar a pressão sobre os parceiros comerciais dos EUA, ao mesmo tempo em que oferece tempo para ajustes e evita reações inesperadas no mercado financeiro global.
O plano também procuraria equilibrar os interesses econômicos globais com a necessidade de proteger indústrias e empregos norte-americanos, especialmente em setores sensíveis à concorrência internacional.
Entre os principais membros da equipe econômica do presidente eleito Donald Trump que trabalham na proposta de tarifas gradualizadas estão figuras-chave como Scott Bessent, indicado para o cargo de secretário do Tesouro, Kevin Hassett, futuro diretor do Conselho Econômico Nacional, e Stephen Miran, nomeado para liderar o Conselho de Consultores Econômicos.