Recentemente, as taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) apresentaram variações significativas, impactadas por um ambiente de aversão ao risco no mercado internacional e à perspectiva de mudanças nas políticas econômicas dos Estados Unidos sob a administração do presidente eleito Donald Trump.
Movimentos das Taxas de JURO
Na última quarta-feira, a taxa do DI para julho de 2025 fechou em 14%, uma leve queda em relação ao ajuste do dia anterior de 14,038%. Por outro lado, as taxas mais longas, como a de janeiro de 2031, registraram alta, subindo para 15,01% contra 14,919% do ajuste anterior, evidenciando a tensão no mercado.
A Influência do Cenário Internacional
A aversão ao risco é claramente uma resposta às declarações recentes de Trump, que sugeriu a possibilidade de um estado de emergência econômica para justificar a imposição de tarifas de importação. Tal movimento tem potencial para alterar as relações comerciais globais e intensificar a incerteza em torno da economia americana, o que, por sua vez, repercute nos mercados emergentes, como o Brasil.
Expectativas da Taxa Selic
Os investidores já começaram a precificar as expectativas para a taxa Selic, que atualmente se encontra em 12,25% ao ano. No fechamento do dia, a cotação previa uma probabilidade de 66% de um aumento de 100 pontos-base na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), superando as expectativas do dia anterior que apontavam apenas 57% para essa situação.
Impacto no Mercado Brasileiro
Com as linhas de juros mais longas se mantendo estáveis, os investidores brasileiros enfrentam um dilema. A instabilidade no mercado internacional pode influenciar a percepção de risco em relação ao Brasil, levando a um retorno mais elevado para garantir a atratividade dos ativos brasileiros em um ambiente global volátil.