Com a Selic em alta, os rendimentos do Tesouro Direto atingem patamares históricos. O Tesouro Prefixado com vencimento em 2027, por exemplo, oferece mais de 15,50% ao ano. Assim, atraindo investidores à procura de bons retornos em um cenário de incerteza fiscal. Mas será que vale a pena vender seus títulos atuais para aproveitar essas taxas mais altas?

O desafio de resgatar títulos com taxas do Tesouro Direto em alta

Apesar da renda fixa ser fixa, ela oscila. Explico: quando você compra o título você paga um preço pela taxa do momento que será fixa, no entanto se a taxa oscila de um dia para o outro o preço que você paga por ela se altera.

Portanto será fixo se você manter até o vencimento. Por outro lado, no dia a dia, o preço pode oscilar e se você precisar resgatar antes do vencimento pode acontecer de realizar no prejuízo.

Assim, com taxas nas alturas, embora a tentação de resgatar títulos e reaplicar em novos papéis com taxas mais atraentes seja grande, esse movimento pode não ser vantajoso. O conceito de “marcação a mercado” entra em cena, ajustando o valor dos títulos de acordo com as variações das taxas de juros e condições de mercado. Quando os juros sobem, os títulos adquiridos com taxas mais baixas caem no momento da venda, o que pode anular os ganhos de uma possível nova aplicação.

Por exemplo, se um investidor comprou um título com taxa de 10% ao ano e, após algum tempo, a taxa sobe para 15%, o valor do título no mercado cai. Ou seja, ele precisaria vender com prejuízo, o que poderia anular o benefício de reinvestir em um título mais rentável.

Taxas do Tesouro IPCA+

Data base 18/12/2024.

Quando vale a pena vender Títulos do Tesouro Direto?

Especialistas indicam que, na maioria dos casos, não compensa vender antes do vencimento, pois o impacto do deságio pode ser significativo. Principalmente em cenário de alta das taxas. Por outro lado, se você comprar hoje e as taxas caírem, o preço do título tende a se valorizar e dependerá do seus objetivos colocar o lucro no Bolso ou não.

Se você tem objetivos de curto prazo, não é aconselhável aplicar nos títulos IPCA+, mas sim no título Tesouro Selic. Afinal, trata-se de um título pós fixado que se valorizará em linha com a Selic. Neste título será mais difícil de ver o dinheiro se desvalorizando.

A diversificação da carteira continua sendo a chave para minimizar riscos. Mesmo com as altas taxas de juros, é importante investir com equilíbrio e cautela.

Como tomar decisões inteligentes de investimento?

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