As vendas no varejo brasileiro surpreenderam positivamente em outubro de 2024 e registraram um aumento de 0,4% na base mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desempenho superou a expectativa de queda de 0,2% prevista por analistas e representou uma leve desaceleração em relação ao crescimento de 0,50% observado em setembro.
Na comparação anual, o varejo mostrou um expressivo crescimento de 6,5%, e ultrapassou a projeção de 4,75%.
Além disso, marcou um aumento significativo em relação ao avanço de 2,10% registrado no mesmo período do ano anterior.
Atividades do varejo que apresentaram desempenho positivo
Seis dos oito segmentos pesquisados apresentaram resultados positivos entre setembro e outubro de 2024.
- Móveis e Eletrodomésticos: crescimento de 7,50%.
- Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação: avanço de 2,70%, impulsionado pela maior demanda por tecnologia.
- Tecidos, Vestuário e Calçados: aumento de 1,70%, que sinaliza reaquecimento do consumo.
- Combustíveis e Lubrificantes: crescimento de 1,30%, reflexo de maior mobilidade urbana.
- Hiper, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo: expansão de 0,30%, que mantém a estabilidade do consumo básico.
- Livros, Jornais, Revistas e Papelaria: incremento de 0,30%, que indica leve recuperação do setor.
Setores que registraram queda
Apesar do cenário amplamente positivo, dois setores apresentaram retração no período:
- Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria: queda de -1,10%, atribuída a oscilações sazonais.
- Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico: redução de -1,50%, reflexo de ajuste na demanda.
Estabilidade e recordes históricos
“O resultado de outubro, apesar de representar estabilidade em relação a setembro, marca uma trajetória positiva do varejo brasileiro ao longo de 2024. Dos dez meses apurados até agora, apenas junho registrou queda efetiva (-0,90%). Nos demais, houve crescimento ou estabilidade. Esse cenário, inclusive, renova o patamar recorde histórico da série, indicando aquecimento do comércio nacional – a terceira vez no ano que o recorde se renova”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.