Ibovespa

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira, 5 de dezembro, o Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão em alta de 1,40%, aos 127.857,58 pontos.

Brasil

Nesta sexta-feira (6), o mercado financeiro local observa um dos medidores da inflação divulgados pela Fundação Getúlio Vagas (FGV), o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).

Além disso, o Banco Central (BC) informa o volume de captação da poupança em novembro.

Selic em revisão

O mercado financeiro está em uma onda de revisões para cima nas projeções para a taxa básica de juros Selic, antes da reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) em 11 de dezembro.

Grandes instituições como Itaú Asset, Deutsche Bank e C6 Bank elevaram suas estimativas. O Itaú Asset prevê Selic de 15% e inflação de 6% em 2025.

O Deutsche projeta um aumento de 100 pontos-base (pb) na próxima reunião, com Selic alcançando 14,5% no fim do ciclo.

Já o C6 Bank ajustou sua previsão terminal de 12,5% para 13,75%.

A frustração com o pacote fiscal e a desvalorização do real, que chegou a R$ 6, além de expectativas inflacionárias elevadas, são fatores que impulsionam essas revisões.

Nesse sentido, a mediana das projeções para a Selic no fim de 2025 é de 13,25%. A XP Investimentos estima mais aumentos no início de 2024, com a Selic chegando a 14,25%.

Pacote de corte de gastos

Deputados sinalizam que o endurecimento das propostas do pacote fiscal não virá do Congresso, mesmo com a pressão do mercado por cortes estruturais que assegurem a sustentabilidade do arcabouço fiscal.

O governo enviou três propostas à Câmara, incluindo novas regras para gatilhos fiscais, salário mínimo e revisão de programas sociais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

No entanto, a aprovação da urgência de dois projetos ocorreu com dificuldade, refletindo insatisfação com as medidas e com mudanças nas regras para emendas parlamentares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A PEC que trata do BPC, supersalários e repasses ao Fundeb enfrenta resistência. Apesar de possível aprovação ainda este ano, o pacote corre risco de sofrer alterações significativas.

EUA

Nesta sexta-feira (6), o mercado norte-americano acompanha a divulgação de mais um dado do mercado de trabalho, dessa vez, o mais importante: o relatório Payroll, que é usado como termômetro para o Federal Reserve (FED) na hora de determinar o rumo da política monetária pelo País.

As expectativas para a criação de vagas nos EUA em novembro variam de 155 mil a 270 mil, bem acima do resultado de outubro (+12 mil), que foi impactado por fatores pontuais como furacões e a greve da Boeing.

Já a taxa de desemprego deve subir de 4,1% para 4,2%, enquanto o salário médio por hora deve crescer 0,3%, um indicador-chave para monitorar possíveis pressões inflacionárias no setor de serviços.

Diante disso, analistas sugerem observar a média de dois meses para avaliar tendências, dado o caráter atípico de outubro.

A inflação de serviços segue acima da meta de 2%, indicando pressões persistentes no mercado de trabalho.

No entanto, o BofA acredita que a recuperação no payroll de novembro pode ser vista pelo Fed como um equilíbrio, mantendo espaço para futuros cortes de juros.

Além disso, investidores dos EUA também observam dirigentes do Federal Reserve falar, em busca de pistas sobre o rumo da taxa de juros. Dessa vez, discursa Michelle Bowman, às 12h30, seguida por Austan Goolsbee, às 14h, Beth Hammack e Mary Daly, às 15h.

Europa

Alemanha A produção industrial da Alemanha caiu 1,0% em outubro em relação a setembro, contrariando a expectativa de alta de 1,0% dos analistas.

Na comparação anual, houve retração de 4,5%, maior que a projeção de queda de 3,8%.

Além disso, o dado de setembro foi revisado para uma queda de 2,0%, ante os 2,5% originalmente reportados.

Mercosul

Prossegue nesta sexta-feira (6), no Uruguai, a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.

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