O Ministério da Fazenda irá propor um novo imposto mínimo de 10% para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano, o equivalente a R$ 50 mil mensais.
A medida visa compensar a isenção de Imposto de Renda para aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês.
Essa nova taxa, no entanto, será aplicada de forma gradual, começando com uma alíquota “muito baixa”, segundo a explicação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (28).
Conforme Durigan, o mecanismo, que ainda será apresentado formalmente ao Congresso, prevê uma evolução do imposto mínimo para quem ganha mais de R$ 600 mil anuais, de modo que a alíquota de 10% seja aplicada integralmente apenas para quem obtém renda a partir de R$ 1 milhão no ano.
“A gente faz mais gradativo, com impacto menor na alíquota a partir dos R$ 600 mil reais por ano, para que a gente chegue num patamar de 10% para quem é milionário”, explicou Durigan.
“O impacto é quase nenhum, mas permite que quem ganha R$ 600, R$ 700 mil [por ano] não fique preocupado [em ultrapassar um determinado teto], ou quem ganha R$ 1 milhão, não fique preocupado em diminuir de alguma forma a sua renda anual”, disse.
O secretário também reforçou que a medida não afetará em nada quem já ganha valores acima de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil anuais, e paga ao menos de 10% de Imposto de Renda.
