A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) está liderando uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para eliminar a escala 6×1 de trabalho, um modelo bastante comum no setor industrial, comércio, restaurantes e mercados, no qual os trabalhadores cumprem seis dias consecutivos de trabalho, com direito a um dia de descanso.
A PEC, que chegou a 134 assinaturas ao final da segunda-feira (11), precisa ainda do apoio de 171 deputados para que possa começar a tramitar no Congresso Nacional.
Erika Hilton e outros apoiadores argumentam que o modelo atual, além de desgastante, é prejudicial à qualidade de vida e ao bem-estar dos trabalhadores.
Apoio crescente na PEC de Erika Hilton
A proposta de Erika Hilton recebeu um impulso significativo nos últimos dias, com uma forte mobilização nas redes sociais a favor da PEC.
Diversos usuários se engajaram em campanhas e petições online, pressionando os parlamentares a apoiar a mudança na legislação trabalhista.
Entre os signatários da PEC, há uma grande adesão de parlamentares do PSOL e PT, além de representantes do PCdoB, PDT, PSB e Solidariedade, entre outros partidos.
Erika Hilton (PSOL-SP) lidera a lista, e nomes como Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Célia Xakriabá (PSOL-MG), Glauber Braga (PSOL-RJ), Guilherme Boulos (PSOL-SP), e Luiza Erundina (PSOL-SP) também estão entre os apoiadores.
Além do PSOL, a proposta conta com assinaturas de deputados como Túlio Gadêlha (REDE-PE), Duda Salabert (PDT-MG), e Alice Portugal (PCdoB-BA).
Alteração na carga horária semanal
A PEC propõe alterar um artigo da Constituição que atualmente permite a duração do trabalho em até 8 horas diárias e 44 horas semanais.
Se aprovada, a emenda reduziria a jornada semanal para 36 horas, mantidas as 8 horas diárias, e permitiria a distribuição da carga horária em quatro dias de trabalho por semana.
Para Erika Hilton, a mudança é necessária para que o país adote um modelo de trabalho mais humanizado e que priorize o bem-estar dos trabalhadores.
“A escala 6×1 é uma herança de um modelo ultrapassado de trabalho, que não condiz mais com a realidade e as necessidades da população trabalhadora”, afirmou a deputada.