ATUALIZAÇÕES DO DÓLAR:

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FOCUS – economistas elevam projeções para inflação e dólar em 2024

Na sessão anterior…

Na última sexta-feira, 8 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 1,09%, cotado a R$ 5,73.

O que influencia a moeda?

A alta do dólar foi impulsionada pela decepção com as medidas de estímulo da economia chinesa e pela ausência de um pacote de corte de gastos no Brasil.

Globalmente, o dólar também subiu, refletindo as eleições nos EUA e o impacto da política protecionista prometida por Donald Trump.

Brasil

Nesta segunda-feira (11), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar.

Além disso, o resultado primário do setor público consolidado em setembro.

Por causa disso, o BC concede coletiva sobre o resultado primário. Simultaneamente, Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo participam de reuniões trimestrais do BIS, em Basileia.

Corte de gastos

O Banco Central (BC) observa com cautela o cenário externo, especialmente considerando as incertezas trazidas por eventos como a possível volta de Donald Trump ao poder nos EUA, e o risco de dominância fiscal no Brasil, que aumenta se o pacote fiscal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não atender às expectativas do mercado.

A demora nas medidas está pressionando o dólar e as taxas de juros futuras (DI), e o mercado exige uma definição urgente, temendo maior volatilidade.

Reuniões sobre cortes de despesas públicas ocorreram no fim de semana, com Lula e assessores, mas sem informações concretas divulgadas.

Enquanto isso, Fernando Haddad, que estava em São Paulo, deve voltar a Brasília para definir os detalhes.

Planeja-se que o pacote de medidas seja submetido ao Congresso via PEC e projeto de lei complementar.

A equipe econômica sugere limitar o reajuste do salário mínimo ao teto do arcabouço fiscal (2,5% acima da inflação), como uma forma de controlar o crescimento das despesas públicas atreladas ao piso salarial, que inclui benefícios previdenciários e sociais.

A princípio, a proposta encontra resistência de setores do governo, especialmente na área social, enquanto ministros como Wellington Dias (Desenvolvimento) defendem que o ajuste fiscal não penalize os mais vulneráveis.

Para o mercado financeiro, cortes entre R$ 30 bilhões e R$ 60 bilhões são necessários para mitigar riscos fiscais até 2026, mas ainda há dúvidas sobre o alcance e a viabilidade política do pacote.

Inflação e juros

A crescente desconfiança sobre uma possível versão desidratada do pacote fiscal de Lula, somada à depreciação do real diante do risco de um governo Trump protecionista, elevou as expectativas para inflação (IPCA) e juros (Selic).

Na pior hipótese, a taxa Selic pode ter que ultrapassar 13% para conter as pressões inflacionárias.

Na última sexta-feira (8), o IPCA de outubro superou as previsões e o teto da meta do BC, reforçando as expectativas de inflação, intensificadas pela alta dos preços dos alimentos e do dólar, que acumula alta de quase 20% no ano.

Dessa forma, a XP Investimentos elevou suas projeções para o IPCA de 2023 (de 4,6% para 4,9%) e 2024 (de 4,1% para 4,7%), além de prever uma Selic de 13,25% ao final do ciclo de alta.

Barclays e C6 Bank também revisaram para cima suas expectativas para a inflação e a Selic nos próximos anos.

EUA

Nesta segunda-feira (11), o mercado norte-americano está fechado com o feriado do Dia dos Veteranos.

Ásia

China – O índice de preços ao consumidor (CPI) da China desacelerou para 0,3% em outubro, ante 0,4% em setembro, e o índice de preços ao produtor (PPI) registrou queda de -2,9%, aprofundando a retração anterior de -2,8%.

Na última sexta-feira (8), o mercado demonstrou insatisfação com as medidas fiscais, e a decisão de Pequim de elevar o limite de dívida de governos locais em US$ 840 bilhões foi considerada insuficiente para impulsionar o PIB.

Esses dados reforçam as dificuldades econômicas da China.

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