ATUALIZAÇÕES:

  • – 10:12: Ibovespa: -0,21%, aos 137.060,88 pontos.
Na sessão anterior

Na última quarta-feira, 28 de agosto, o Ibovespa (IBOV) encerrou em alta de 0,42% aos 137.343,96 pontos – MAIOR PATAMAR DE FECHAMENTO DA HISTÓRIA.

O principal assunto que influenciou o pregão foi o anúncio de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) para presidência da autarquia, feito pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda)(PT), no Senado Federal ontem (28) à tarde.

O mercado financeiro já aguardava essa nomeação, mas a animação parte das promessas feitas por Gabriel Galípolo nos últimos tempos.

Atual diretor de Política Monetária do Banco Central, Galípolo trabalhou para conquistar a confiança do mercado financeiro e adotou uma postura hawkish de defender a alta da taxa básica de juros Selic devido às expectativas de inflação desancoradas.

Seu discurso foi tão convincente que a curva de juros precifica uma Selic em cerca de 12,00% no final do ano, apesar da falta de consenso entre os agentes financeiros.

Após o anúncio de sua nomeação, os juros futuros aumentaram, o que confirma as expectativas em relação ao novo presidente.

Roberto Campos Neto alerta sobre o descolamento das expectativas de inflação e a necessidade de o Banco Central (BC) agir para cumprir a meta.

O líder da autoridade monetária mencionou preocupações com a dinâmica fiscal, onde as despesas superam as receitas, e observou que a recente alta do dólar pressiona a inflação.

Brasil

3ª prévia do Ibovespa

A B3, bolsa de valores brasileira, divulgou nesta quinta-feira (29) a terceira prévia para a próxima composição do Índice Bovespa (Ibovespa).

As principais mudanças incluem a exclusão das ações da Dexco (DXCO3) e a inclusão de três novas empresas: Auren Energia (AURE3), Caixa Seguridade (CXSE3) e Santos Brasil (STBP3).

IPP: Preços ao produtor avançam 1,58% em julho, diz IBGE – maior alta desde maio de 2022

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) da indústria do Brasil apresentou uma aceleração de 1,58% em julho, em comparação com o mês anterior, quando o índice havia crescido 1,26%.

Este resultado marca o sexto aumento consecutivo no índice mensal, com a variação acumulada no ano em 4,18% e o acumulado em doze meses em 6,6%.

No mesmo período do ano passado, o índice havia registrado uma queda de 0,76% em relação ao mês anterior.

Dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

IGP-M

Nesta quinta-feira (29), o mercado financeiro local observa o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de agosto, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), popularmente conhecido como a inflação do aluguel, variou 0,29% em agosto, uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando registrou taxa de 0,61%, informou o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta quinta-feira, 29 de agosto.

Com esse resultado, o índice acumula alta de 2,00% no ano e de 4,26% nos últimos doze meses.

Em agosto de 2023, o índice havia registrado taxa de -0,14% no mês e acumulava queda de 7,20% em doze meses.

Estatísticas de crédito

Hoje, o Banco Central (BC) divulgou ainda uma nota sobre a política monetária e operações de crédito.

O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu R$ 6,0 trilhões em julho, com avanço de 0,2% no mês, informou o Banco Central (BC) nesta quinta-feira, 29 de agosto. Em doze meses, a alta foi de 10,30%.

Para as pessoas físicas (PF), o saldo da carteira de crédito livre registrou alta de 1,0% no mês e cresceu 10,6% em doze meses.

A carteira de crédito direcionado para PF cresceu 0,70% em julho e 13,50% em doze meses.

Já para as pessoas jurídicas (PJ), o saldo da carteira de crédito livre apurou queda de 1,60% em julho e crescimento de 6,10% em doze meses.

A carteira de crédito direcionado para PJ registrou alta de 0,4% no mês e alta de 11,10% na comparação interanual.

Banco Central

Além disso, Diogo Guillen, dirigente da autarquia, palestra em evento em Frankfurt, às 11:15. Roberto Campos Neto (RCN), presidente da autoridade monetária, participa à noite (19:15) do CNN Talks.

Recepção ao nome de Gabriel Galípolo na presidência do BC

As reações à indicação de Gabriel Galípolo foram majoritariamente positivas, com avaliações do Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) voltadas a destacar sua capacidade e comprometimento com a independência do Banco Central.

O ex-presidente do Banco Central e economista Armínio Fraga afirmou esperar que Galípolo use sua proximidade com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para promover o ajuste fiscal.

Outros ex-diretores da autarquia veem Galípolo como um teste para a autonomia da instituição.

A MB Associados não prevê grandes mudanças, mas notou certa desconfiança. RB Investimentos questiona sua postura sobre intervenções cambiais e o ciclo de corte de juros.

Pezco e Banco Master apontam que a comunicação do Banco Central (BC) e a economia aquecida serão desafios críticos.

Politicamente, Gabriel Galípolo enfrenta pressão do Partido dos Trabalhadores (PT), com lideranças como o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) e a deputada federal e presidente da legenda Gleisi Hoffmann (PT-PR) enfáticos na defesa por reduções imediatas na taxa básica de juros Selic.

Essa nomeação pode render novas reações no mercado financeiro nesta quinta-feira (29).

Sabatina

A Secretaria de Relações Institucionais informou que a sabatina de Gabriel Galípolo no Senado Federal deve ocorrer na semana do dia 9 de setembro, com uma possível data em 10 de setembro, como sugerido pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

Cardoso afirmou que não espera dificuldades na aprovação de Gabriel Galípolo.

Nos próximos dias, Galípolo participa de reuniões com parlamentares para pedir apoio.

Além disso, mais três diretorias serão preenchidas até dezembro no Banco Central, o que, a partir de janeiro, vai dar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sete dos nove membros do Comitê de Política Monetária (COPOM).

Revisão de gastos

A coletiva conjunta dos Ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda sobre a revisão de gastos de R$ 25,90 bilhões para 2025 foi considerada decepcionante e sem novidades, com foco em pente-fino em programas sociais e previdenciários, sem mudanças em despesas obrigatórias.

Mais da metade do corte (R$ 13,70 bilhões) deve vir da revisão cadastral do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Se a revisão não atingir os resultados esperados, o governo pode ter que realizar bloqueios e contingenciamentos em 2025.

Questionado sobre a ausência de medidas estruturais, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que essas medidas estão em andamento.

Diante disso, a Warren Investimentos vê a revisão como um sinal concreto de contenção de gastos.

EUA

A leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2024 aponta um crescimento de 3,0% da economia dos Estados Unidos (EUA) no período, mais que a leitura anterior para o intervalo (+2,8%) e um número superior ao avanço de 1,4% registrado no primeiro trimestre deste ano.

O Departamento de Trabalho local, por sua vez, divulgou que os pedidos iniciais de seguro-desemprego nesta semana ficaram em 231.000, abaixo da expectativa de 232.000.

A média das últimas quatro semanas ficou em 231,50 mil, enquanto a média das quatro semanas na semana passada havia ficado em 236,25 mil (revisada de 236.000).

Pedidos contínuos estão em 1,868 milhão, acima dos 1,865 milhão da semana anterior.

Com os olhos no exterior, o mercado financeiro se atenta à possível redução de juros nos Estados Unidos (EUA), com chances de 65,00% para corte de 25 pontos-base e 35,00% para corte de 50 pontos-base em setembro, a depender da inflação medida pelo Índice de Preços de Gastos de Consumo Pessoal (PCE), indicador-chave para as decisões de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve (FED).

Um dirigente do Federal Reserve (FED), Raphael Bostic, fala às 16:30.

Europa

Alemanha – Divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto.

Ainda nesta semana…

Sexta-feira (30): 

O Banco Central publica uma nota sobre a política fiscal e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa a PNAD Contínua.

No exterior, destaque para a taxa de desemprego na Alemanha e na Zona do Euro, região que divulga seu Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto.

Além disso, os dados de gastos e rendimentos pessoais nos EUA.

A China, por sua vez, divulga o PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) Composto de julho.

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