O ritmo de alta do petróleo nesta segunda-feira (26) sobe cerca de 3% em vista da escalada do conflito no Oriente Médio, mas também pela interrupção da produção e exportação da commodity na Líbia. O tipo Brent, referência global, subia 2,4% cotado a US$ 80,90 o barril (às 7h58 de Brasília), segundo informações do Investing.com.

Além dos riscos geopolíticos, o provável corte na taxa de juros dos EUA no mês que vem também tem a ver com isso. O presidente do FED, Jerome Powell, em seu discurso em Jackson Hole, Wyoming, na sexta-feira (23), disse que  “chegou a hora de a política se ajustar”. O discurso indica que o ciclo de cortes pode começar em setembro, na próxima reunião. 

Apesar dos confrontos na região que fornece cerca de um terço do petróleo bruto do mundo, o petróleo se manteve em relativa calmaria. Os mercados internacionais operavam mistos na manhã desta segunda-feira. As bolsas da Europa recuaram após o índice IFO de sentimento das empresas alemãs cair menos que o esperado em agosto. Nos Estados Unidos, os índices futuros operavam sem direção definida, de olho na escalada das tensões no Oriente Médio. Na Ásia, também repercutindo os ataques entre Israel e Hezbollah, as bolsas fecharam mistas.

Ataques 

No domingo, Israel enviou mais de 100 aviões de guerra para derrubar milhares de lançadores de mísseis do Hezbollah. O grupo respondeu disparando mais de 200 projéteis que causaram danos limitados, de acordo com autoridades israelenses.

O Hezbollah, que é apoiado pelo Irã e designado como uma organização terrorista pelos EUA, disse que concluiu sua operação militar, mas que continuará as hostilidades com Israel até que o país concorde com um cessar-fogo em Gaza. Uma reunião no Cairo começou no domingo para tratar do assunto.

 Desvalorização do dólar

O dólar americano enfraqueceu significativamente em relação a outras moedas importantes do grupo G-10, na sequência do Simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira, após discurso de Jerome Powell, presidente do FED.

A expectativa é que o dólar continue a ser desvalorizado devido a esta mudança de política, que contribuiu, potencialmente, para um novo aumento dos preços do petróleo. Outros bancos centrais, incluindo o Banco Central Europeu e o Banco de Inglaterra, também sugeriram novos cortes nas taxas para o resto do ano.

Preocupações

De acordo com publicação do Euronews, os mercados de petróleo subiram mais de 4% na primeira semana de agosto, devido ao aumento da procura e à escalada das tensões na sequência da promessa de retaliação militar do Irã após o assassinato de um dirigente do Hamas. Entretanto, os preços do petróleo recuaram acentuadamente em meados de agosto, devido a dados económicos chineses decepcionantes e a sinais de abrandamento das tensões no Médio Oriente.

A recente escalada do conflito pode, porém, fazer com que os mercados petrolíferos se recuperem. “Os dados da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) revelaram que os inventários de petróleo caíram 4,65 milhões de barris na semana que terminou a 16 de agosto, em comparação com o esperado aumento de 2 milhões de barris”, diz a publicação.

O declínio do stock de petróleo foi retomado após um aumento na semana anterior, que se seguiu a seis descidas semanais consecutivas até 2 de agosto. De acordo com a EIA, os cortes de produção da OPEP+ deverão contribuir para a redução do petróleo mundial nos próximos três trimestres, o que poderá fazer subir o seu preço.

(Fontes: Exame; Agenbrilik; Valor; Euronews)

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