Julho trouxe surpresas no mercado de ações e algumas empresas se destacaram positivamente, enquanto outras enfrentaram desafios significativos. No mês, Embraer (EMBR3), WEG (WEGE3) e Sabesp (SBSP3)  foram as que mais se valorizaram, enquanto Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e Cogna (COGN3) sofreram as maiores quedas.

Mas o que explica isso? Para Fábio Murad, sócio-diretor da Ipê Investimentos, as valorizações resultam de uma combinação de fatores macroeconômicos favoráveis e estratégias empresariais bem-sucedidas. No caso das desvalorizações, ele aponta que problemas específicos de cada empresa, como resultados financeiros abaixo do esperado e desafios operacionais, foram determinantes.

Ações que mais valorizaram em Julho

Embraer (EMBR3), WEG (WEGE3) e Sabesp (SBSP3) foram as ações que mais subiram em julho. A Embraer se destacou com uma valorização de 21,19%, impulsionada por contratos novos e um desempenho sólido no setor de aviação. A empresa conseguiu recuperar o terreno perdido, a fim de fortalecer sua posição no mercado internacional.

WEG, por sua vez, teve um aumento de 20,22% em seu valor de mercado. A companhia, conhecida por seus motores elétricos e soluções industriais, apresentou resultados sólidos, com crescimento nas vendas e expansão em mercados emergentes. De acordo com analistas, a diversificação de produtos da WEG foi um fator crucial para essa alta.

Sabesp, a menos que ocorra uma mudança drástica, continua a se beneficiar de uma gestão eficiente e de investimentos em infraestrutura. A empresa de saneamento viu suas ações subirem 17,70% no mês, que refletiu o otimismo do mercado em relação à sua privatização.  Assim como outras empresas do setor, a Sabesp está bem posicionada para aproveitar as oportunidades de crescimento.

As baixas do mês

As ações da Usiminas (USIM5) despencaram 21,37% e marcaram a maior queda do mês. A empresa enfrentou uma grande baixa na lucratividade no segundo trimestre e projeções decepcionantes.  O mercado reagiu negativamente a esses resultados.

A CSN (CSNA3) também sofreu uma queda significativa, de 8,13%. Apesar disso, a empresa ainda mantém projeções de crescimento no segmento de mineração. Estima-se um aumento de 22% no Ebitda para o segundo trimestre. No entanto, a dinâmica de custos e a competição no mercado siderúrgico continuam a ser desafios.

Cogna (COGN3) viu suas ações caírem 14,12%, pressionadas pelos altos juros e um balanço ainda alavancado. A empresa de educação enfrenta dificuldades na atração de novos estudantes, além de despesas de marketing elevadas. A expectativa é que a rentabilidade melhore apenas no segundo semestre.

O que esperar a partir de agora

Murad cita que Embraer, WEG e Sabesp demonstraram que, apesar das incertezas econômicas, há oportunidades de crescimento no mercado. “A Embraer tem a vantagem de contratos internacionais e uma recuperação no setor de aviação. WEG, com sua diversificação de produtos, está bem posicionada para continuar crescendo. Sabesp, em conformidade com as políticas de saneamento, continua a ser uma aposta segura”, afirma.

Por outro lado, “Usiminas precisa lidar com a baixa lucratividade e projeções negativas. CSN deve focar na melhora da dinâmica de custos e na competição no mercado siderúrgico. Cogna precisa encontrar formas de reduzir despesas, com o intuito de melhorar seus resultados financeiros” explica o especialista.

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