As bolsas asiáticas e futuros em Wall Street desabam nesta segunda-feira (05), refletindo preocupações com a saúde da economia dos EUA após dados decepcionantes sobre o mercado de trabalho americano. Com Bolsas em queda livre pelo mundo devemos esperar uma sessão turbulenta para o mercado financeiro global, assim o índice Ibovespa não deve ficar de fora deste cenário.

Temores de recessão nos EUA

O Federal Reserve tem sido acusado de ter demorado a afrouxar a política monetária, aumentando o risco de recessão. Na última sexta-feira (02), dados de emprego bem abaixo do esperado reforçaram esses temores, afetando negativamente os mercados. O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que cortes nos juros podem começar em setembro, mas isso não acalmou os investidores.

Bolsas em queda livre

As bolsas asiáticas lideraram as perdas, com o índice Nikkei de Tóquio caindo mais de 12%, a maior queda diária desde 1987. Os mercados europeus também recuaram cerca de 2%, enquanto os futuros de Wall Street operavam no vermelho, com o Nasdaq caindo mais de 4%.

As criptomoedas não escaparam ilesas: o Bitcoin (BTC) caiu mais de 15%, cotado a US$ 51.587, e o Ethereum (ETH) afundou 22%, abaixo de US$ 3.000.

O que esperar para o Ibovespa

O cenário de aversão ao risco no exterior deverá afetar o mercado brasileiro. No pré-mercado de Nova York, os ADRs das principais empresas brasileiras, como Vale (VALE3), estão em queda. O aumento no preço do minério de ferro pode não ser suficiente para evitar a pressão de venda nas ações da Vale.

No Brasil, a expectativa é de um dia de perdas. O iShares MSCI Brazil (EWZ), principal ETF brasileiro em Nova York, começou o dia com uma queda de 2,94% e já alcançou cerca de 4% de queda nesta manhã. Além disso, com resultados trimestrais no radar, os ativos devem ganhar um ingrediente adicional na volatilidade.

Mesmo com lucro trimestral acima do esperado, as ações do Bradesco (BBDC4) podem enfrentar queda. Espera-se uma queda geral do Ibovespa, com o dólar em alta, enquanto os juros futuros podem recuar devido à diminuição dos rendimentos dos Treasuries.

O índice Nikkei apagou todos os ganhos de 2024 e entrou em território baixista, acumulando uma queda de 25% desde a máxima histórica de julho. Outros mercados asiáticos também sofreram: o Kospi, na Coreia do Sul, caiu 8,77%, e o Taiex, em Taiwan, recuou 8,35%. Mesmo a bolsa australiana registrou a maior queda diária desde maio de 2020, com o S&P/ASX 200 caindo 3,70%.

O que fazer em cenários como este?

Em cenário de grande aversão ao risco o importante é atuar com cautela, realizando movimentos aos poucos para não deixa o sentimento tomar conta. Dessa forma, você pode optar por investir em ETFs de renda fixa em busca de maior segurança em tempos de incerteza, com retornos estáveis e menores riscos. Bem como, considerar debêntures incentivadas, que oferecem isenção de imposto de renda e uma modalidade ainda em crescimento no mercado financeiro para o investidor comum.

De todo modo, eventos de queda geralmente se traduzem em oportunidades de médio e longo prazo. Portanto, investir aos poucos pode ser uma boa alternativa para diversificação e retornos atrativos. Agindo sempre com cautela para navegar no cenário atual e garantir bons retornos na renda fixa.

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