Na última quinta-feira, 25 de julho, o Ibovespa (IBOV) registrou uma queda de 0,37%, aos 125.954,09 pontos.

Brasil

Nesta sexta-feira (26), grandes companhias do IBOV dão sequência a temporada de balanços financeiros referentes ao segundo trimestre deste ano, iniciada esta semana.

Por hoje, será repercutido os resultados da Vale (VALE3), que divulgou números após fechamento do pregão na última quinta-feira (25). Assim como, o balanço da Usiminas (USIM5), previsto para sair antes da abertura das negociações na B3, nesta sexta-feira.

O resultado da Vale no 2º trimestre surpreendeu com lucro líquido de US$ 2,769 bilhões, 43% acima do previsto por analistas e 210% superior ao do 2º trimestre de 2023.

No entanto, o EBIDTA (lucro antes juros e amortização) ajustado de US$ 3,993 bilhões ficou 1,5% abaixo das expectativas dos analistas.

Além disso, o Banco Central (BC) divulga a nota de crédito de junho às 8:30.

Déficit primário de R$ 37,7 bi?

Um déficit primário de R$ 37,70 bilhões para o Governo Central em junho é a aposta do mercado, reduzido em comparação aos R$ 60,983 bilhões de maio e 16,3% menor que em junho de 2023.

Isso porque, economistas acreditam que despesas previdenciárias impulsionarão o déficit, mas o bom desempenho das receitas ajudará a moderar o saldo negativo comparado a junho do ano passado.

A arrecadação federal de junho, divulgada pela Receita, alcançou R$ 208,844 bilhões, um aumento de 2,67% em relação a maio e 11,02% sobre junho de 2023.

Desonerações somaram R$ 9,899 bilhões em junho e R$ 56,246 bilhões no acumulado do ano.

Sem acordos para compensar desoneração

O Ministério da Fazenda considera a possibilidade de não chegar a um acordo com o Congresso sobre as medidas de compensação para a desoneração da folha de pagamentos até 11 de setembro.

Entre as soluções, a equipe econômica afirma que não consegue realizar um corte de R$ 25 bilhões, o impacto estimado do benefício.

Dessa forma, as incertezas dificultam a elaboração do Orçamento de 2025, que deve ser enviado ao Legislativo até 31 de agosto.

Além disso, a Fazenda concluiu que as medidas propostas pelo Senado não cobrem os custos da desoneração.

A Fazenda sugeriu aumentar a CSLL para completar as medidas, mas essa opção enfrenta resistências dos parlamentares.

Se não houver acordo no prazo fixado pelo STF, a liminar que suspendeu a prorrogação da desoneração até 2027 perderá efeito.

Dificuldade no congelamento de R$ 15 bi

A equipe econômica enfrenta dificuldades para executar o congelamento de R$ 15 bilhões anunciado por Fernando Haddad (PT-SP). O detalhamento está prometido para a próxima terça-feira, dia 30.

Adriana Fernandes, jornalista da Folha de S.Paulo, apurou que o governo tem apenas R$ 65 bilhões de espaço para cortar. Ministros em Brasília estão em “guerra” para evitar os bloqueios.

Com quase oito meses do ano, os ministérios já empenharam boa parte das despesas, dificultando a definição dos cortes. Os cortes podem diminuir porque os ministérios estão correndo para empenhar despesas.

Ministros têm procurado a equipe econômica e auxiliares do presidente Lula para defender seus investimentos. A princípio, o Planejamento deve repassar os valores dos cortes aos ministérios até segunda-feira.

Montante de congelamento precisa ser aumentado

Em entrevista ao site Poder360, Marcus Pestana, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, disse que o governo precisa congelar mais R$ 14 bilhões.

Isso porque, para ele esse congelamento é necessário para alcançar um déficit de 0,25% do PIB. Sem esse congelamento, o déficit seria de 0,50% do PIB este ano.

Além disso, o cálculo exclui os gastos com o socorro ao Rio Grande do Sul. O cenário-base da IFI prevê um PIB nominal de R$ 11,5 trilhões.

Portanto, 0,25% do PIB equivale a R$ 28,8 bilhões.

EUA

Nesta sexta-feira (26), as projeções apontam que o núcleo do de Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE), indicador de inflação predileto do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), deve acelerar de 0,1% em maio para 0,2% em junho, mas o dado anualizado deve perder ritmo, de 2,6% para 2,4%.

O índice sai às 9:30.

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