Meio ano já ficou para trás, mas em vez de pensar no tempo que passou, será que ainda é possível olhar para o que vem pela frente e tentar cumprir aquela lista de promessas feitas em janeiro?

Segundo a economista, educadora financeira e consultora do will Bank, Mila Gaudencio, dá sim. Não é hora de se sentir desmotivado, mas de reavaliar o andamento e reorganizar os objetivos.

As falsas metas são mais populares do que se pensa. Segundo estudo da Universidade de Scranton, da Pensilvânia, apenas 8% das pessoas conseguem cumprir os objetivos definidos no início do ano.

Diante disso, para o segundo semestre, Mila recomenda a reelaboração do planejamento das metas com base nos acontecimentos dos meses anteriores.

“Na prática, o levantamento funcionaria como um jogo decisivo de futebol, no qual é preciso se colocar no lugar do treinador após ir para o intervalo com a partida empatada. É preciso fazer um novo plano levando em conta o que ocorreu no primeiro tempo, pois ainda há todo segundo tempo de 2024 para revisar estratégias, atingir objetivos e realizar sonhos”, aponta a especialista.

Otimismo e maior preocupação com o planejamento das finanças pessoais em 2024 foram alguns dos pontos revelados por meio de um levantamento da Serasa.

A pesquisa aponta que tanto as pessoas que estão com o nome limpo (35%), quanto as que possuem alguma pendência (34%), acreditam que a “organização” é essencial para definir os hábitos financeiros. 

Entre as principais práticas de organização financeira adotadas destacam-se: a criação de metas para economizar (37%) e a diminuição dos gastos do dia a dia (36%). 

Para ambas as práticas, Mila aponta quatro caminhos, baseados em estudos de educação financeira, que devem ser adotados para conclusão das promessas feitas no início do ano.

  1. Transformar parte dos gastos em dinheiro

Uma estratégia que se tornou bastante comum nos últimos anos é a aderência às iniciativas de cashback.

A modalidade é benéfica tanto para os consumidores, uma vez que parte do dinheiro investido na aquisição de um bem retorna ao bolso deles, quanto para as empresas, que potencializam a fidelização da base de clientes.

Entretanto, é importante manter a atenção para os formatos e regras de cada iniciativa.

Mila ressalta que é importante avaliar as atratividades de cada programa, buscando melhores taxas percentuais de retorno e um saque facilitado.

  1. Olhar para o investimento como um pagamento para si mesmo

O hábito de investir apenas se sobrar dinheiro no final do mês se popularizou entre a realidade econômica da maior parte dos brasileiros.

No entanto, Mila aponta para a relevância de tornar uma tradição a prática de pagar a si próprio logo no início do mês, nem que comece aos poucos. 

“Não precisa ser uma quantia alta, é possível começar com pouco. Imagine que você ‘se pague’ R$50,00 todos os meses a partir de julho, em dezembro você terá R$300,00 acumulados”, sugere.

“Para melhorar o rendimento, você ainda pode aplicá-lo em alguma opção de investimento, como um CDB com liquidez diária. De maneira simples, com o dinheiro aplicado, você ainda recebe um valor excedente referente aos juros compostos”, completa a consultora.

  1. Não basta anotar os gastos, é preciso planejar

Há uma grande diferença entre fazer a anotação dos gastos e planejá-los.

O primeiro é apenas um registro de dados e fatos e tem quase nenhum impacto na melhora de controle e organização.

Por isso, a principal recomendação da consultora é a realização do planejamento dos próximos meses.

“Experimente planejar os próximos 6 meses incluindo tudo, desde os pequenos custos do dia a dia, até presentes de aniversário e despesas com conforto, como delivery ou carro de aplicativo”, indica Mila.

  1. ABCD das finanças 

Lembrar do que é realmente importante se torna uma estratégia para reduzir o consumo em excesso e se aproximar dos objetivos.

Para isso, a principal dica é a categorização das despesas no chamado ABCD das finanças: Alimentar, Básico, Conforto e Desnecessário.

A segmentação torna mais fácil a visualização de como e com o que o dinheiro está sendo alocado, reforça a consultora.

“Se há um grande percentual da renda mensal sendo direcionado para a categoria ‘Desnecessário’ pode ser um alerta para uma melhor distribuição de renda”, recomenda Mila.

Tais práticas representam formas de potencializar a consciência e responsabilidade financeira na rotina das pessoas, facilitando o atingimento das metas que podem parecer inalcançáveis frente ao atingimento da metade do ano. 

As informações são de will Bank.

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