Após o debate com Donald Trump e com pressão para renunciar candidatura, o presidente Joe Biden enviou nesta segunda-feira (8) uma carta a todos os parlamentares democratas em Washington, mas apostas em criptomoedas acreditam em desistência de Biden. Ele reafirmou sua determinação em continuar na disputa presidencial de 2024.
Esta declaração, em condições normais, dissiparia qualquer incerteza sobre suas intenções de reeleição. Porém, os mercados de apostas de criptomoedas continuam acreditando na desistência de Biden.
No Polymarket, principal plataforma de apostas em criptomoedas, os usuários ainda veem alta probabilidade de Biden desistir da corrida. As chances de sua desistência estão em 51%, após movimentação de aproximadamente US$ 12,3 milhões em apostas.
Esta porcentagem representa uma queda de 6% em relação à noite anterior, antes de Biden enviar sua mensagem enfática aos democratas do Congresso. No entanto, ainda não há certeza sobre as eleições dos EUA.
As probabilidades de desistência de Biden atingiram um pico de 70% na noite de 4 de julho, dia que se comemora a independência do país. Desde então, o presidente iniciou uma campanha de relações públicas em vários estados como Wisconsin e Pensilvânia.
Apesar dos esforços de Biden durante o feriado, a opinião dos entusiastas de criptomoedas ainda não está convencida de sua permanência garantida na disputa. Esse público aposta na candidatura do ex-presidente Donald Trump, que se mostrou aberto a discussões sobre o setor.
Há, no entanto, sinais positivos para Biden. No início da semana passada, a vice-presidente Kamala Harris havia ultrapassado Biden como a candidata democrata mais provável para 2024 no Polymarket, com 43% contra 34%. Atualmente, Biden recuperou essa posição, com 60% de probabilidades contra 25% de Harris, com quase US$ 94 milhões apostados na questão.
Apostas em criptomoedas na política
Embora os mercados de apostas nem sempre prevejam corretamente os resultados políticos, a incerteza permanece. Um exemplo recente foi a aposta do Polymarket nas eleições parlamentares francesas, onde as probabilidades indicavam uma vitória do partido de extrema-direita Frente Nacional, com 97%.
No entanto, uma coalizão entre partidos de esquerda e centristas acabou prevalecendo, surpreendendo analistas políticos e apostadores.
