A Suzano (SUZB3) anunciou o encerramento das negociações com a International Paper (IP) sem prosseguir com a aquisição, e argumentou que o preço máximo viável para beneficiar os acionistas foi alcançado.

Esta decisão foi bem recebida pelo mercado financeiro.

Embora tenha desistido do negócio, a Suzano (SUZB3) mantém sua estratégia de internacionalização, e agora foca em aquisições menores e menos arriscadas, em contraste com a IP, vista como muito grande e com pouca sinergia potencial.

Para o BTG Pactual, a decisão de não prosseguir com a IP reforça a estratégia de alocação de capital da Suzano, e ganha apoio por não ceder a pressões para pagar um preço excessivo.

No entanto, os investidores podem demorar a reavaliar completamente as ações da Suzano, especialmente após as especulações em torno da International Paper, consideram os analistas Caio Greiner e Leonardo Correa.

Apesar disso, a empresa continua a ser vista favoravelmente por sua disciplina financeira e capacidade de execução de projetos, como o Cerrado, prestes a aumentar significativamente a capacidade de produção de celulose a baixo custo.

Além disso, as perspectivas para a Suzano são reforçadas pela depreciação do real brasileiro, que historicamente beneficiou a empresa como uma proteção cambial para investidores. Isso, combinado com a expectativa de reprecificação das ações para refletir melhor os fundamentos da empresa, sugere um potencial significativo de valorização no mercado de ações.

Entretanto, o BTG Pactual observa desafios no horizonte, especialmente no mercado chinês de celulose, onde os preços estão pressionados devido à capacidade excessiva e à dificuldade na implementação de preços.

Esses fatores podem impactar negativamente os resultados futuros da Suzano, e exigem uma análise cautelosa antes de se reinvestir na empresa.

No balanço final, apesar dos desafios e da necessidade de os investidores assimilarem a mudança de cenário com a IP, o BTG Pactual reiterou sua recomendação de compra para as ações de Suzano (SUZB3), ao preço-alvo de R$ 82,00 em doze meses, devido a uma avaliação atrativa e uma série de projetos estratégicos em andamento que sustentam sua posição no mercado global de celulose.

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