Mais do mesmo. O viés de alta persiste nas projeções para inflação no relatório Focus, no qual agora se vê projeções se elevando para 2024 e 2025, respectivamente.

“As projeções mostram a desancoragem do mercado perante as incertezas quanto ao cenário fiscal local, as quais se agravaram nas últimas semanas. A Selic, consequentemente, reflete o mesmo comportamento, com expectativas de 10,5% para este ano e 9,5% para 2025. A curva DI, todavia, segue ainda mais elevada, explicitando mais risco”, comentam os analistas do Inter no relatório de Renda Fixa da segunda semana de junho.

A curva de juros Brasil consolida o movimento ascendente, com os vértices médios e longos superando 12%.

Desancoragem do mercado rebate na inflação

“O mercado se mostrou desconfortável diante do posicionamento de Lula quanto às metas orçamentárias, atribuindo maior risco ao cenário doméstico, somando ainda o IPCA de maio divulgado na semana passada, acima do consenso. As atenções se voltam inteiramente para a reunião do Copom na quarta-feira (19), na qual é esperado uma manutenção da taxa de juros no patamar de 10,5%, encerrando o ciclo de cortes atual.”

Fato que realmente aconteceu. Como era esperado, mesmo com as últimas falas do presidente Lula, o Comitê de Política Monetária, Copom, decidiu por unanimidade pela manutenção da taxa básica de juros, a Taxa Selic, em 10,5% a.a. Conforme o Acionista publicou na terça-feira (18), o mercado já esperava por isso.

Já nos Estados Unidos, houve alívio marginal nos juros médios e longos, principalmente após falas de Jerome Powell, “mesmo com o mercado passando a projetar apenas um corte de juros este ano. Dados de inflação e desempenho do mercado de trabalho dos EUA também apresentam sinais de arrefecimento.”

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