O avanço para igualdade de gênero no ambiente de trabalho ainda é um desafio global. Esta é a conclusão da pesquisa lançada pela PwC, “Women in Work Index 2024 – Expondo desigualdades: um exame minucioso da lacuna salarial de gênero”. Na 12ª edição, o relatório revela que, no ritmo atual, levaria mais de meio século para diminuir o abismo salarial entre homens e mulheres em todos os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Apesar de alguns progressos na última década, a análise deste ano revela que ainda há um longo caminho a ser percorrido para alcançar a igualdade de gênero no trabalho. A pontuação média do Women in Work Index aumentou de 56,3 em 2011 para 68 em 2022. Na última atualização, a média da OCDE melhorou aproximadamente dois pontos, passando de 66 em 2021 para 68 em 2022.

O Reino Unido, por exemplo, registrou a maior queda anual entre todos os países do bloco no estudo da PwC Women in Work Index, caindo do 13º para o 17º lugar. O persistente gap salarial na nação britânica levou a um exame mais profundo dos fatores que provocam essas disparidades salariais de gênero.

Essas diferenças sugerem que preconceitos e desigualdades estruturais no local de trabalho desempenham um papel crucial nas diferenças salariais de gênero. Além disso, elas são acentuadas quando se considera a intersecção de gênero com renda, etnia e idade.

Entre 2021 e 2022, a maior parte da melhoria foi impulsionada por um aumento na taxa de participação feminina na força de trabalho (de 70,8% para 72,1%), além de uma queda na taxa de desemprego feminino (de 6,4% para 5,3%).

No entanto, a diferença salarial média entre homens e mulheres aumentou de 13,2% para 13,5% durante esse período. Isso mostra que, apesar de uma maior participação, as profissionais permanecem em uma posição consideravelmente menos estável em termos de retorno ao mercado de trabalho, em comparação com seus colegas.

Desde a criação do Women in Work Index, em 2011, a diferença salarial entre homens e mulheres tem sido o indicador que mais demora a apresentar melhora, diminuindo apenas três pontos percentuais entre 2011 e 2022 em toda a OCDE.

Compreender a multiplicidade de fatores e complexidades que geram as disparidades de gênero nos salários é um passo crucial para abordá-las e evoluir rumo a um ambiente de trabalho mais igualitário.

Para conferir na íntegra o relatório Women in Work Index, acesse: https://bit.ly/3yKluLh

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