Apesar da empolgação com a recente aprovação de ETFs de Ethereum (ETH) à vista nos EUA, analistas do JPMorgan alertam que o fluxo de capital para esses produtos pode ser significativamente menor do que o observado nos ETFs de Bitcoin (BTC) à vista em janeiro. 

No relatório de 25 páginas intitulado “Flows & Liquidity” divulgado na quinta-feira (30), a equipe de analistas do JPMorgan, liderada por Nikolaos Panigirtzoglou, prevê uma “reação inicial negativa do mercado” ao lançamento dos ETFs de Ethereum à vista.  

“Acreditamos que a demanda por ETFs de Ethereum à vista seria uma fração daquela observada para o Bitcoin à vista”, escreveram os analistas do JPMorgan sugerindo que os produtos de BTC tiveram uma “vantagem de ser o pioneiro”.  

O banco ainda afirmou que ao contrário do Bitcoin, que teve seu evento de redução pela metade há um mês, impulsionando a demanda por ETFs, o Ethereum não possui um evento similar em seu futuro próximo, até 2028. 

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Além disso, os ETFs de Ethereum à vista não oferecem rendimento de apostas, tornando-os “menos atrativos em comparação com plataformas que oferecem rendimento de apostas”.  

Os analistas argumentaram que o Bitcoin é frequentemente visto como um rival do ouro em alocações de portfólio, enquanto o Ethereum, focado em aplicações, não possui essa característica. 

A menor capitalização de mercado do Ethereum, em comparação com o Bitcoin, o torna menos desejável para fins de hedge e quantificação de fundos, o que pode influenciar nesse fluxo menor que o do BTC.  

Com base nesses fatores, o JPMorgan projeta entradas líquidas “modestas” de US$ 1 bilhão a US$ 3 bilhões para ETFs de Ethereum à vista até o final de 2024, supondo que sejam lançados antes do final do ano. 

O cenário poderia mudar se as apostas fossem adicionadas aos ETFs de Ethereum, o que exigiria aprovação legislativa do Congresso americano para classificar o Ethereum como uma commodity. Nesse caso, o JPMorgan estima que as entradas líquidas poderiam triplicar. 

 

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