Conforme dados do IGE, em maio o IPCA-15 registrou aumento de 0,44% acelerando em relação a abril, que apresentou alta de 0,21%. Embora o resultado tenha ficado abaixo da mediana do mercado (0,47%), o indicador está dentro do intervalo esperado, entre 0,28% e 0,56%.
O que está por trás da alta?
O IPCA-15 acumula alta de 2,12% no ano e desacelerou nos últimos 12 meses de 3,77% para 3,7%. Por trás da alta, a gasolina, passagens aéreas e medicamentos foram os principais responsáveis pelo aumento.
O grupo transportes teve a maior contribuição positiva em maio, saindo de uma deflação de 0,49% em abril para uma alta de 0,77%. Assim, adicionando 0,16 pontos percentuais (p.p.) ao índice do mês. Mais no detalhe, a gasolina subiu 1,90%, contribuindo com 0,09 p.p., enquanto as passagens aéreas aumentaram 6,04%, adicionando 0,04 p.p.
O grupo saúde que também envolve os cuidados pessoais, acelerou de 0,78% em abril para 1,07% em maio, com uma contribuição de 0,14 p.p. A alta nos preços dos medicamentos (+2,06%), após o reajuste autorizado de até 4,5% em 31 de março, foi destaque nesse grupo.
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Impactos no no mercado após IPCA-15
A inflação corrente surpreende para baixo, indicando um cenário mais benigno do que o previsto anteriormente. Conforme os economista do Bradesco BBI, a projeção para o IPCA no fechamento de 2024 está em 4%. No entanto, os especialistas demonstram preocupações com a desancoragem das expectativas de inflação para 2025 e 2026.
A deterioração do cenário fiscal e as preocupações com a condução da política monetária têm contribuído para essa desancoragem. Além disso, o Bradesco BBI projeta Selic em 10,25% ao final de 2024, sugerindo um corte residual de 0,25 p.p. na próxima reunião do Copom em junho.
Orientações para Investidores
Diante desse cenário, aqui vão duas dicas de investimentos inteligentes que circulam entre os relatórios e recomendações no Clube Acionista: Títulos Públicos atrelados à inflação, FIIs e ações que pagam dividendos.
Conforme especialistas, com a Selic prevista para se manter alta, os títulos do Tesouro IPCA+ são uma boa opção para proteger o capital contra a inflação, garantindo retorno real positivo. Outras modalidades permitem diversificação e podem se beneficiar das variações nas taxas de juros e na inflação. Portanto, oferecendo uma alternativa robusta para momentos de incerteza econômica.
Essas estratégias ajudam a mitigar riscos e a otimizar retornos em um cenário econômico desafiador. Para saber como escolher e quais são as principais recomendações veja no Clube Acionista por aqui.
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