A Gol (GOLL4) anunciou um ambicioso plano de negócios de cinco anos como parte de seu processo de reestruturação. O plano inclui a reestruturação de arrendamentos de aeronaves, um financiamento DIP de US$ 1 bilhão e um potencial aumento de capital de R$ 1,5 bilhão.

Apesar de ter trago projeções de expansão nas operações da empresa, o anúncio parece não ter agradado tanto os investidores na B3 (B3SA3), já que as ações da companhia fecharam a última segunda-feira (27) em queda e operam nesta terça-feira (28), no mesmo ritmo, com baixa de 5,88% a R$ 1,28.

No plano, a Gol estima:

– Capacidade e expansão: a capacidade deve diminuir 5% este ano, mas aumentar 19% em 2025;
– EBITDA (lucro antes juros): prevê-se que o EBITDA atinja R$ 4,3 bilhões em 2024, alinhado com o consenso, e R$ 6 bilhões em 2025, superando expectativas;
– Financiamento e Capital: a Gol já utilizou totalmente o financiamento DIP de US$ 1 bilhão e planeja um aumento de capital de US$ 1,5 bilhão;
– Redução da Alavancagem: a alavancagem deve cair para cerca de 3,6x em 2025 e 1,7x em 2029.

A empresa anunciou também que, como parte da reestruturação financeira, o Tribunal de Falências dos EUA aprovou acordos para 113 aeronaves e 48 motores sobressalentes, com concessões significativas dos arrendadores.

“Estas concessões são essenciais para a Gol revisar todos os motores e reconstruir sua capacidade, de acordo com o plano de cinco anos”, avalia o BTG Pactual.

Embora o plano traga clareza para o futuro da Gol, o BTG destaca que a diluição das ações, devido à reestruturação e ao processo do Cap 11, será significativa.

“A empresa continuará a monitorar de perto os desenvolvimentos do processo de reestruturação, buscando garantir a sustentabilidade financeira e operacional a longo prazo”, avalia o banco.

Para as ações GOLL4, o BTG recomenda venda. 

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