O cenário econômico global observa atentamente os movimentos dos bancos centrais, causando impactos nos investimentos e muita volatilidade nos mercados. Especialmente frente às decisões do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. A política monetária americana se mantém rígida, com o Fed mantendo a taxa de juros em 5,5% e ajustando o ritmo de venda de títulos do Tesouro.

A incerteza sobre cortes nas taxas prevalece. Ainda vemos muita diversidade de opinião entre os analistas, com alguns estimando um ou dois cortes, alguns nenhum e outros até sinalizando sobre a possibilidade de alta neste ano. A persistência da inflação mostrar sinais desafiadores em conjunto com dados de trabalho que seguem fortes.

Fed: Expectativas e Projeções

Na reunião de maio, o Fed optou por manter a taxa de juros inalterada pela sexta vez consecutiva. No entanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que aumentos futuros são improváveis, mesmo com a inflação persistente nos serviços. Dados recentes mostraram um aumento anual do núcleo da inflação ao consumidor para 3,61%, uma leve queda em relação ao mês anterior, mas ainda longe da meta de 2%.

Conforme as expectativas, há um consenso de que o Fed inicie cortes nas taxa de juros apenas em dezembro, com uma abordagem gradual de 0,25 pontos percentuais por trimestre. Powell destacou que qualquer aumento dependerá de uma deterioração significativa das perspectivas inflacionárias.

Ponto de Conflito: Outros Bancos Centrais no caminho da flexibilização

Europa: O Caminho da Flexibilização

Enquanto isso, na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) prepara-se para iniciar cortes na taxa de juros. Assim, refletindo um cenário de inflação controlada e uma economia que ainda sente os efeitos de políticas monetárias passadas. A presidente do BCE, Christine Lagarde, enfatizou a independência do BCE em relação ao Fed, embora reconheça que as políticas fiscais divergentes entre as regiões exigem abordagens distintas.

Conforme analistas, o BCE deve iniciar cortes em sua próxima reunião, com uma expectativa de redução trimestral de 0,25 pontos percentuais, totalizando 0,75 pontos percentuais em 2024. Para essa confirmação, os dados salariais e de produtividade serão cruciais para determinar o ritmo e a extensão dessa flexibilização.

Reino Unido: Ponto de Inflexão Próximo

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa de juros em 5,25% em maio, mas sinais de uma possível redução estão no horizonte. Com uma decisão dividida no Comitê de Política Monetária e uma revisão baixista nas previsões de inflação. Dessa forma, o BoE pode iniciar cortes já em agosto, dependendo dos dados de inflação e emprego.

De olho no investimento

Esse período de transição de ciclo está aumentando a volatilidade dos mercados, logo o fluxo do dinheiro. Portanto, demanda um monitoramento mais próximo sobre as mudanças nas políticas monetárias globais para ajustar as estratégias. Assim, aproveitando algumas oportunidades e mitigando os riscos associados.

A diversificação entre modalidades poderá ajudar no controle dos investimento. Entre renda fixa, com por exemplo os títulos de longo prazo atrelados à inflação. Renda Variável, aproveitando descontos e empresas com potencial para surfar o novo ciclo, bem como, o câmbio para se proteger das flutuações de preços considerando divergências políticas dos Bancos Centrais ao redor do mundo.

Quer saber quais as recomendações para investir? Veja as análises e sugestões conforme diversos analistas no Clube Acionista, por aqui.

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