Segundo estudo realizado pelo Grupo Croma intitulado “Sonhos Brasileiros”, 36% dos brasileiros sonham em ter a própria casa ou moradia, sendo este um dos principais desejos de consumo da população.

O segmento de consórcios de imóveis, em 2023, encerrou com todos os principais indicadores em alta. A soma dos contratos de consórcios firmados em 12 meses chegou a R$ 141,53 bilhões – 33% a mais que os R$106,41 bilhões de 2022. 

Pela primeira vez na história do segmento, o volume de recursos do FGTS utilizado no consórcio de imóveis ultrapassou a marca de R$ 200 milhões.

No ano passado, foram registrados R$ 205,19 milhões. Destes 45,00% utilizaram o saldo para amortização de saldo devedor, 40,70% para aquisição de imóvel pronto, 8,80% para liquidação de saldo devedor e 5,40% para aquisição de imóvel em construção. 

Para Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, usar o FGTS para adquirir um imóvel ou até mesmo completar a carta de crédito é um ótimo investimento para o valor resgatado.

“O uso do FGTS no consórcio de imóveis demonstra ser mais uma alternativa para o brasileiro que quer adquirir bens, sem ser bombardeado com as altas taxas de juros cobradas pelos empréstimos ou financiamentos comuns. O mercado tradicional é muito complexo e excludente e o sistema de consórcios proporciona um maior poder de compra para a aquisição do investimento”, comenta.

A possibilidade de utilizar o FGTS é mais uma facilidade que o consórcio de imóveis oferece, podendo este ser utilizado na oferta de lances, amortização de parcelas e complementação do valor da carta de crédito.

Entretanto, para desfrutar deste benefício, é necessário que sejam atendidos os requisitos do imóvel e do trabalhador, conforme determinado pela Caixa Econômica Federal.

As operações para liberação do FGTS podem ser realizadas diretamente pela Administradora de Consórcios, caso ela seja credenciada para isso junto ao Agente Operador, ou por um Agente Financeiro.

Entre as regras constam a obrigatoriedade do imóvel ser residencial urbano e destinado à moradia do trabalhador. No caso de construção, é necessário que o terreno seja de propriedade do trabalhador. 

O uso do crédito para residenciais urbanos foi o mais utilizado com 43,30%, reformas ou construções 12,80%, terrenos 8,80%, na planta 0,90%, veraneio 0,40% e comerciais 0,30%. Outros com 33,50%.

O ticket médio dos consórcios de imóveis em 2023 foi de R$ 181,60 mil contra R$ 164,98 mil, um aumento de 10,10% , com 103,65 mil contemplações e mais de R$ 18,85 bilhões de créditos liberados e 1,71 milhão de participantes ativos consolidados.

Lamounier explica que o momento foi ótimo para este segmento em 2023 e para este ano, “já que o aumento da demanda pelo consórcio é resultado da necessidade de planejamento financeiro que está se impondo à população que busca alternativas que possibilitem a realização de seus sonhos sem ônus para as finanças familiares”. 

Em relação às contemplações, 50%, ou seja, 52.577 unidades ficaram na região Sudeste, 30,1% (31.277) no Sul, 8,6% (8.956) na região Centro- Oeste, 8,1% (8.404) na região Nordeste e a região Norte com 2,4% (2.481). 

 

As informações são de Press FC.

 

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