Segundo estudo apresentado pela TF Agroeconômica, a cada 10% de redução na área de plantio, estima-se um prejuízo em torno de R$ 3,7 bilhões para diversos setores, incluindo cooperativas, cerealistas, produtores, moinhos de trigo e até mesmo o governo, que deixa de arrecadar com os insumos e serviços relacionados.O plantio de trigo no Paraná já alcançou 27% da área prevista até a semana passada, enquanto o Rio Grande do Sul está iniciando os trabalhos nesta segunda quinzena de maio. A informação é do analisa sênior da TF Agroeconômica, Luiz Carlos Pacheco. Contudo, ambos os estados enfrentam a perspectiva de uma redução na área plantada, o que levanta preocupações econômicas significativas.Os argumentos para essa redução de área incluem o encarecimento dos insumos e os preços aparentemente baixos do trigo. No entanto, contrariando essa percepção, os insumos estão reduzindo de preço e as cotações do mercado futuro para dezembro de 2024 sugerem um preço ao redor de R$ 80/saca, apresentando um lucro de aproximadamente 15% para o trigo.Apesar das oportunidades apresentadas pelo mercado futuro, muitos produtores expressam preocupações com os preços praticados localmente. Segundo a TF Agroeconômica, os moinhos e as tradings tendem a oferecer valores inferiores aos disponíveis em mercados como Chicago, visando maximizar seus próprios lucros.No entanto, estratégias como negociar diretamente em mercados internacionais, com o auxílio de cooperativas ou cerealistas, podem proporcionar acesso a preços mais vantajosos. Além disso, as operações no mercado futuro oferecem uma oportunidade adicional, uma vez que não estão vinculadas à entrega da mercadoria, permitindo aos produtores protegerem-se contra eventuais adversidades climáticas ou problemas na colheita.

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