O nível do Rio Guaíba subiu e alcançou 4,71 metros nesta segunda-feira (13/5), aumentando o clima de apreensão dos moradores de Porto Alegre, que sofrem com uma enchente há uma semana. A medição foi feita às 6h15min na régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Agência Nacional de Águas (ANA) no Cais Mauá.O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) admite que são altas as chances de o Guaíba voltar a atingir níveis acima de 5 metros hoje ou amanhã, ultrapassando o recorde de 5,35 metros da semana passada. Na manhã de ontem ele estava em 4,56 metros. O valor do nível máximo depende da ocorrência das chuvas adicionais previstas e vento Sul forte, podendo alcançar em torno de 5,5 metros.A MetSul Meteorologia confirma que o rio não só volte a superar a marca de 5 metros como bata o pico desta cheia até agora de 5,35 metros, o que vai estender a enchente por longo período. Para complicar, haverá vento Sul hoje, amanhã, em parte da quarta-feira e na sexta-feira, o que favorece elevação acentuada do nível.O Guaíba, em Porto Alegre, recebe a água dos rios Caí, Jacuí, Sinos e Taquari na madrugada de hoje entrou em forte trajetória de alta à medida que começou a receber a maior vazão vinda do Taquari, que é um rio de resposta rápida e cujas águas alcançam mais rapidamente a capital.De acordo com o boletim da Defesa Civil estadual, divulgado às 9h de hoje, as fortes chuvas já causaram 147 mortes. Há pelo menos 127 desaparecidos. Os feridos são 806. O número de afetados pelas chuvas é de 2.115.703 pessoas. Além disso, o Estado tem 538.241 desalojados e 80.826 pessoas em abrigos.As equipes de resgate salvaram 76.470 pessoas e 10.814 animais, como cães, gatos, pequenos pássaros, cavalos e búfalos. Nas operações estão sendo usados 340 embarcações, 4.405 viaturas e 41 aeronaves. O efetivo empregado nos resgates está em 27.651 pessoas.O Estado já conta com mais de 700 abrigos temporários para atender os desabrigados. Em levantamento realizado pela equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com as secretarias municipais de Assistência Social, foi apurado que 722 abrigos temporários receberam pessoas.Até domingo, 14.225 pessoas estavam em abrigos temporários da prefeitura de Porto Alegre e entidades parceiras, em razão da enchente que atinge a cidade. São 162 estruturas emergenciais para fornecer assistência à população atingida. Estão funcionando dois abrigos para mulheres e crianças, um na Zona Sul e outro no bairro Santa Cecília, próximo da Silva Só. O terceiro abrigo, no Foro Regional do Partenon, está em preparaçãoInfraestrutura – Na capital gaúcha, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informa que duas estações de tratamento de água (Etas) seguem com operações suspensas. São elas ETA Moinhos de Vento e ETA das Ilhas. Além disso, as outras ETAs da cidade estão operando com capacidade reduzida.O Dmae espera religar no início desta semana a Estação de Bombeamento de Água Pluvial (Ebap) 16, localizada na Rótula das Cuias, que, ao ser desligada a energia elétrica, permitiu o alagamento dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus, obrigando uma retirada às pressas dos moradores. A ETA Moinhos de Vento, que abastece 21bairros e atende cerca de 150 mil pessoas.

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