O pecuarista e médico-Veterinário Piotre Laginski, comemorou o anúncio do fim da vacinação contra febre aftosa no Brasil, feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no dia 02 de abril. “O anúncio faz parte do processo que busca o reconhecimento oficial do status junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, afirma o ex-diretor administrativo da Aprosoja-PI.Para Laginski, que também ja foi diretor da Sociedade Brasileira de Sistemas Integrados de Produção Animal e vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Purunã, todos os Estados do Brasil passaram pelo mesmo processo. “Este ano no Piauí foi a última campanha de vacinação, que foi antecipada para este mês de abril”, informa Laginski. “A partir deste momento, o Estado do Piauí passa a ser livre de febre aftosa sem vacinação. O protocolo proíbe, inclusive, ter disponibilidade da vacina no território e nem se manipular vírus ou amostras suspeitas dentro da área livre”, afirma o pecuarista.Ele lembra um caso suspeito de febre aftosa no Paraná, em 2005, quando as amostras tiveram que serem enviadas para o Pará, que tinha um laboratório de referência. Segundo ele, com o anúncio do MAPA, a biosegurança em relação a isso vai ter que ser muito mais rígida. A partir do momento em que o decreto começa a valer, passa-se para a próxima fase, que é o processo de sorologias. “Essa etapa deve iniciar somente em 2025, pois não pode ter mais resíduo vacinal no rebanho. Daí, se houver circulação da doença, será patogênica e não viral”, salienta o médico veterinário.Somente Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso são reconhecidos pela OMSA como áreas livres de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento foi feito durante o governo de Jair Bolsonaro, no dia 27 de maio de 2021, na 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE.Desde 2007, Santa Catarina era o único Estado a ter esse reconhecimento. A meta do Brasil é ampliar esse status a todo o País até 2026.O reconhecimento internacional do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação ao país é feito pela OMSA. Para isso, a Organização exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses.