O Índice de Insumos para
Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) teve uma queda de 0,19% no mês
de março de 2024, mantendo a tendência de deflação já registrada no primeiro
bimestre, conforme dados divulgados pela Assessoria Econômica da Federação da
Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) nesta quinta-feira (02/05).
Na comparação com o mês
anterior, houve diminuição nos preços do sal mineral, fertilizantes e
combustíveis. Do lado dos insumos, o milho manteve trajetória de queda,
enquanto a soja teve uma alta de 0,76%. O mês de março é quando tipicamente
ocorrem os reajustes da energia elétrica, que sofreu aumento de 3,21%,
impactando diretamente no resultando do ILC.
No acumulado do ano, o
indicador se mantém deflacionário em 12,54%. É um comportamento que continua
seguindo a tendência apresentada no IIPR dos períodos, que apresenta queda de
17,93% no acumulado anual e de 20,61% nos últimos 12 meses.
“As significativas quedas
nos preços dos insumos durante o ano passado ainda têm reflexo no acumulado em
12 meses, registrando deflação de 28,56%, contudo já observamos uma mudança de
trajetória significativa quando comparamos com a leitura do mês anterior. Esse
desempenho deflacionário demonstra correlação com a leitura em 12 meses de
outro indicador de inflação com cesta de commodities, o IPA-DI medido pela FGV.
No acumulado em 12 meses o IPA-DI apresentou deflação de 6,79% na sua leitura
de março”, completa a análise.
Para abril, a expectativa
da Assessoria Econômica da Farsul é que o aumento da soja continue, dessa vez
acompanhado também por aumento no preço do milho. O dólar e o barril de
petróleo também devem manter tendência de valorização, o que apontaria para um
resultado inflacionário do índice.