Uma coisa é certa: há consenso de que amanhã, 1º de maio, feriado aqui no Brasil, o anúncio do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do FED, seja de manutenção da atual taxa de juros nos Estados Unidos. A expectativa é de que se mantenha no intervalo de 5,25% e 5,50%. Os investidores estão preocupados, mas é com o pronunciamento do todo-poderoso presidente do FED, Jerome Powell, após a divulgação.
Powell alertou, lá no início do mês, que o FED precisaria ter mais confiança nos dados econômicos do país para começar as reduções. O que soou como um puxão de orelha. Para o mercado, em vista disso, a posição predominante para o início do ciclo de cortes será em setembro.
E se, de fato, os dados econômicos são o mote para a queda da taxa de juros, eles não foram tão bons. Daí a tensão que está no ar com o que Powell irá dizer. Conforme a mídia dos EUA e brasileira, tudo indica que o discurso vai ser duro.
Assim, diante dos dados divulgados semana passada sobre a economia americana, “houve uma acomodação do pessimismo”.
O crescimento do PIB no 1º trimestre foi de 1,6% contra expectativas de 2,5%. Enquanto o índice de preços de despesas com consumo (PCE), a inflação preferida pelo FED, avançou 0,32% em março, em linha com as estimativas.
De acordo com apuração do InfoMoney, para o Bradesco, mesmo com um certo alívio, a conjuntura econômica dos Estados Unidos sugere uma postergação dos cortes de juros pelo Fed:
“Na nossa avaliação, essa combinação de resultados traz dois sinais importantes: o primeiro é o de que a política monetária está surtindo efeito, já que tem induzido alguma desaceleração no ritmo de crescimento. O segundo é que esse processo ainda é bastante gradual, o que retira urgência para que o Fed inicie o processo de flexibilização monetária.”
(Com informações Money Times; Inteligência Financeira; InfoMoney)