A indústria gaúcha de leite apresentou retração de quase 4% nas vendas no acumulado de 12 meses, de março de 2023 a fevereiro de 2024 contra março de 2022 a fevereiro de 2023. Os dados da Receita Estadual apontam que o volume somado baixou para R$16,61 bilhões. As comercializações internas foram as que mais sofreram, caindo mais de R$350 milhões.No caso do leite em pó, mais de 55% do que foi demandado dentro do Rio Grande do Sul veio de importações.“Com a entrada em vigor do decreto do governo do Estado, que limita a utilização de benefícios fiscais por quem compra o insumo fora, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS [Sindilat/RS] acredita que as empresas de reprocessamento [chocolates, sorvetes e biscoitos] voltem a consumir da indústria gaúcha, fortalecendo também os produtores”, destacou o segundo vice-presidente da entidade, Alexandre dos Santos.A apuração indica nesta quarta sondagem, que a compra de embalagens segue liderando quando se trata da entrada de insumos. “Isso reflete a importância para o setor lácteo da manutenção dos incentivos de equiparação fiscal, como o do FAF, sem os quais será inviável manter a competitividade no mercado, já que mais de 60% do leite processado é consumido fora RS ao passo que diversos insumos precisam ser comprados de fora, pois não são produzidos aqui”, acrescenta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, ao reafirmar opção pela revisão da alíquota de ICMS à retirada das equiparações fiscais existentes com outros estados produtores.