Apesar dos contínuos gargalos logísticos ressaltados
pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) em seu recente relatório,o
Brasil exportou 4,3 milhões de sacas de 60 de café em março, aumento de 38% em relação ao ano mesmo
mês do ano anterior.
E no primeiro trimestre foram 12 milhões de
sacas embarcadas, alta de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Se
a situação logística não piorar,as exportações devem continuar acelerando
devido à boa colheita de 2023 e ao início da safra de 2024”, destaca o
especialista Guilherme Morya, analista de mercado do Rabobank. A ressaltar o excelente desempenho das exportações
brasileiras de conilon no primeiro trimestre, com o aumento expressivo de 592% em relação ao ano
anterior, para 1,9 milhão de sacas. E as limitações na oferta
global de café robusta, tensões na região do Mar Vermelho e a maior
competitividade do conilon brasileiro frente a outras origens são as principais
razões por trás desse forte desempenho.
Quanto ao arábica, as exportações cresceram 28% em
relação ao primeiro trimestre de 2023, para 9,2 milhões de sacas. “Com a forte
valorização nos preços do café e uma leve queda nos custos de fertilizantes, a
relação de troca melhorou consideravelmente em abril”, destaca o analista. E entre
janeiro e marçoos preços locais
do café arábica e conilon valorizaram 2,4% e 11,2%, respectivamente.
Influenciados pelos preços globais, especialmente o mercado de café robusta, os
preços locais decolaram.